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terça-feira, junho 30, 2009

MEC ABRE INSCRIÇÕES VIA WEB PARA 54 MIL VAGAS DE GRADUAÇÃO PARA PROFESSORES

30/06/2009 - 15h30

MEC abre inscrições via web para 54 mil vagas de graduação para professores

Da Redação*
Em São Paulo
Atualizada às 16h13

O MEC (Ministério da Educação) abriu, nesta terça-feira (30), as inscrições para 54 mil vagas de graduação exclusivas para professores em exercício nas redes públicas estaduais e municipais. As vagas devem ser ocupadas no segundo semestre deste ano.

As inscrições deverão ser feitas pela Plataforma Freire, lançada nessa terça. Os cursos serão oferecidos por 90 instituições públicas de ensino superior em 21 estados que aderiram ao Plano Nacional de Formação de Professores (Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Acre, Rondônia e Distrito Federal não aderiram ao plano).

"O objetivo da plataforma é estreitar o caminho entre a educação básica e a educação superior da maneira mais transparente possivel, para que as pessoas possam observar os crité para matrícula", afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta terça. "Nosso grande desafio é garantir condições para que haja mais promoção de formação."

O objetivo da pasta é colocar na universidade, entre 2009 e 2011, 331,4 mil professores que lecionam na educação básica e não têm licenciatura. Do total das vagas, 52% são em cursos presenciais e 48% em cursos a distância. O investimento do governo federal nos três anos será de R$ 700 milhões.


Como se cadastrar
Para ingressar na plataforma, o professor precisa fazer um cadastro. O primeiro passo é entrar no site, clicar em "primeiro acesso", preencher os dados, como o CPF e o nome completo, cadastrar uma senha (com quatro letras e dois números) e informar o e-mail (se não tiver e-mail, a plataforma tem um campo para criá-lo).

Depois, o docente retorna à tela principal e clica em já sou cadastrado, informa CPF e senha e clica em autenticar. Então, aparece a tela principal da plataforma. Entre a série de ícones, haverá um para cadastro do currículo do professor.

O docente poderá incluir uma foto e descrever, em poucas linhas, um resumo do currículo. Depois, poderá detalhar sua formação acadêmica e complementar e informar suas atividades profissionais, que vão desde aulas até a publicações, prêmios, títulos, idiomas e participação em congressos e seminários.

Depois de cadastrado, o professor deve consultar o ícone previsão de oferta de cursos. Ali, ele encontrará tabelas com a projeção da oferta de cursos, por Estado, para os anos de 2009 a 2011. Em seguida, deverá fazer sua pré-inscrição, em até três opções de cursos.


Função das secretarias
A plataforma manda à secretaria estadual ou municipal de educação todas as pré-inscrições de professores. É a secretaria que vai validar a inscrição, autorizar a participação do professor e enviar o nome dele para a universidade que dará o curso.

Com a senha e o CPF cadastrados, o professor acompanha o andamento da sua pré-inscrição na plataforma.


Tipos de cursos
Existem três tipos de cursos possíveis: para o professor que não tem curso superior (primeira licenciatura); para o professor com graduação, mas que leciona em área diferente daquela que se formou (segunda licenciatura); e para o bacharel sem licenciatura, que precisa de estudos complementares que o habilitem ao exercício do magistério.

A primeira licenciatura tem carga horária de 3.200 horas, sendo 2.800 horas de conteúdos e 400 horas de estágio supervisionado; a segunda licenciatura tem carga horária de 800 horas para curso na mesma área de atuação do professor ou de 1.200 horas para curso fora da área de formação.


Universidades
A responsabilidade pela formação dos professores será de uma rede de 90 instituições públicas, constituída por universidades federais e estaduais, e por institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Os cursos serão nas modalidades presencial e a distância, com a participação das instituições públicas que integram a UAB (Universidade Aberta do Brasil), com 555 polos ativos em todos os estados e no Distrito Federal.

O plano nacional de formação atribui à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) a coordenação das atividades.

* Com informações da Assessoria de Imprensa do MEC
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Fonte: http://www.educacao.uol.com.b/r

domingo, junho 28, 2009

GOVERNO DE SP PROMETE CONSTRUIR 129 ESCOLAS COM R$ 60 MILHÕES

28/06/2009 - 13h55

Governo de SP promete construir 129 escolas com R$ 60 milhões
Da Redação*
Em São Paulo


O governo de São Paulo promete liberar R$ 60 milhões para a construção e ampliação de escolas estaduais em 80 cidades. A previsão é de que sejam construídas 129 escolas e de que 26 sejam ampliadas. Se houver adesão de todos os municípios, a rede estadual passará a contar com 1.423 novas salas de aula em 54 Diretorias de Ensino (Grande São Paulo, interior e litoral).A medida é o início de um programa chamado de Ação Cooperativa Estado-Município para Construções Escolares. Pela parceria fica estabelecido que o Estado repassará os recursos e que as prefeituras executarão a obra. As verbas serão encaminhadas de acordo com a execução do serviço. O lançamento do programa é previsto para a manhã desta segunda-feira (29) e deve contar com a presença do secretário da Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza, mais 61 prefeitos do interior e do litoral, 19 representantes da Grande São Paulo, secretários municipais de obras e educadores.

* Com informações da Secretaria de Estado da Educação

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Fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/06/28/ult105u8315.jhtm

sábado, junho 27, 2009

26/06/2009 - 09h15

SP terá concurso para professor a cada quatro anos

FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
O governo de São Paulo decidiu tornar obrigatória a realização de concursos públicos para professor a cada quatro anos, no máximo. A ideia é evitar que o número de docentes temporários volte a subir, após o Executivo adotar medidas para redução do contingente.
Hoje, 40% dos professores da rede não são concursados (80 mil entre os 210 mil). A intenção da Secretaria da Educação é reduzir para 10%. Os concursos públicos periódicos são necessários, diz a pasta, para diminuir o atual patamar e, depois, mantê-lo no nível adequado.
O Estado entende que a situação atual prejudica a qualidade de ensino. Os temporários não passaram por seleção de ingresso e não têm estabilidade.
Na terça-feira, a Assembleia aprovou pacote de medidas do governador José Serra (PSDB) que poderá ajudar a reduzir a presença dos não concursados.
Um dos projetos aprovados prevê criação de 80 mil cargos públicos, primeiro passo para o concurso. Os postos serão utilizados para substituição de temporários. Ou seja, em números absolutos, a rede não terá grande variação no corpo docente.
Os deputados também aprovaram a criação de uma jornada de 12 horas semanais (a menor era de 24 horas). O objetivo é facilitar o preenchimento de aulas, com docentes efetivos, de disciplinas com baixa carga horária (como física).
"Com as medidas, em quatro anos devemos ter um nível adequado de temporários na rede", disse à Folha o secretário da Educação, Paulo Renato Souza. "Vamos estabelecer a periodicidade dos concursos para que a situação atual não volte."
De acordo com Paulo Renato, a medida será implementada por meio de decreto do governador, a ser publicado até a semana que vem.
A medida foi apoiada pela presidente da Apeoesp (sindicato dos professores), Maria Izabel Noronha. "Independente de quem estiver no governo, será obrigatória a abertura de concurso. É a medida mais importante para evitar a elevada proporção de temporários."
Atualmente, não há periodicidade definida para abertura de seleção. O último concurso público estadual para professores de 1ª a 4ª, por exemplo, ocorreu em 2005.
Apesar de concordar com a decisão do governo de fixar uma periodicidade para os concursos, a Apeoesp criticou algumas medidas do Executivo aprovadas pela Assembleia.Uma delas é a prova para os atuais temporários. Quem for reprovado não poderá lecionar --ficará em atividade de apoio.
"Não há número suficiente de professores para colocar uma parte na biblioteca. E analisamos um possível desvio de função, que cabe contestação judicial", disse a presidente.
Segundo o secretário da Educação, a ideia é garantir qualidade do corpo docente. "Espero que o volume aprovado seja suficiente para a rede", disse.
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quinta-feira, junho 25, 2009

SÃO PAULO APROVA LEIS PARA DIMINUIR PROFESSORES TEMPORÁRIOS

24/06/2009 - 08h50

São Paulo aprova leis para diminuir professores temporários



FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo

O governo de São Paulo aprovou ontem (23) na Assembleia Legislativa pacote de medidas que visa diminuir o número de professores temporários na rede --80 mil, que representam 40% do total-- e que limita o período de trabalho dos docentes não concursados a serem contratados a partir de agora.
As propostas do governador José Serra (PSDB) criam 80 mil cargos e fixa o prazo de dois anos para atuação de temporários (hoje não há limite). Após o período, o docente ficará ao menos um ano fora da rede.
Os atuais não concursados terão de fazer prova. Os reprovados irão para ações de apoio (salas de leitura, por exemplo).
As bancadas do PT, PSOL e PC do B criticaram principalmente a proposta de limitação de prazo para os temporários, por entender que a prática agora ficou "oficializada".
O próprio governo admite que o número de temporários prejudica o ensino, pois os temporários não passaram por seleção e não têm estabilidade.
A criação de cargos, diz o Executivo, permitirá que haja uma forte redução no número de temporários. A abertura de cargos é apenas uma autorização para concursos públicos.
O primeiro exame deverá ser feito neste ano, com cerca de dez mil vagas. Segundo a lei sancionada ontem, os aprovados terão de passar agora por um curso e uma nova prova antes de entrar em sala de aula.
O governo diz, porém, que sempre será necessário a existência de temporários na rede, para substituição em ocasiões específicas --não como política permanente, como ocorre hoje.
Para evitar que os temporários sigam na rede indefinidamente (alguns se aposentam nessa condição), o governo limitou a permanência deles. As medidas ainda precisam ser sancionadas por Serra.

Críticas

"O projeto legaliza a rotatividade [de professores]", afirmou o deputado Carlos Giannazi (PSOL), sobre a proposta de limitação dos temporários.
"O adequado seria fazer concurso público periódico", disse o deputado Roberto Felício (PT). "Além disso, imagina colocar professores em 'quarentena', em uma área que há falta de mão-de-obra. É um projeto burro, que vai condenar as crianças a ficarem sem aulas."
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sexta-feira, junho 19, 2009

DIA 14/06/2009 - DIA DE FESTA - CHÁ DE COZINHA DA DANI

É com muito carinho que registro aqui um dia muito especial para a minha amiga (prima!!!) - o dia do seu "Chá de Cozinha". Família, amigas e muita alegria - ingredientes indispensáveis para a data.

Veja algumas fotos... Eu não apareci porque estava ocupando o posto de fotógrafa oficial do evento - com muito orgulho e prazer!

Eu, a fotógrafa oficial





















E depois de muita bagunça, uma voltinha pela cidade, com direito a cobrança de pedágio e dancinha no meio da rua (kkkk)... Esse é o preço (ou será "o mico"?) que se paga nessas ocasiões. Tudo, é claro, com muito bom humor!
Foi uma confraternização e tanto! Família, amigas, muitos presentes, muitas coisas gostosas para beber e comer... Uma tarde inesquecível!
Daniela e Anderson - Felicidades para sempre!!!!

quarta-feira, junho 10, 2009

PROJETO – LITERATURA FANTÁSTICA - CONTOS DE MISTÉRIO, TERROR E MEDO

PROJETO – LITERATURA FANTÁSTICA
CONTOS DE MISTÉRIO, TERROR E MEDO


SEQUÊNCIA DIDÁTICA

OBJETIVOS


Fazer com que os alunos se familiarizem com gênero;
Ampliar o repertório textual dos alunos.

ACERVO

Livros:

* TELLES, Lygia Fagundes. Mistérios: ficções. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
* POE, Edgar Allan. Histórias Extraordinárias. Trad. de Brenno Silveira e outros. São Paulo: Abril Cultural, 1981.

Filmes:
* Resident Evil I;
* Resident Evil II.

Videocliple:
* Thriller, Michael Jackson.

ANTES DA LEITURA

É importante que os alunos já tenham contato com o que é Literatura Fantástica. Antes de iniciar essa Sequência Didática, fornecer aos alunos, noções sobre o tema.
Desenvolver uma roda de conversa na sala de aula com o intuito de verificar o que os alunos sabem sobre o tema (conhecimento prévio), bem como suas preferências e experiências – converse sobre filmes, videoclipes, músicas, quadros, que são assustadores. E aborde “o medo”, que às vezes as pessoas sentem destas histórias, pois alguns adolescentes as adoram e outros odeiam este gênero.
Realizar uma dinâmica de grupo na qual os alunos devem escrever em um cartão o seu principal “medo”, sem que os colegas vejam. De forma aleatória, cada um deverá tentar adivinhar o medo do outro. O professor mediará a dinâmica e fará um quadro na lousa anotando os medos de cada um. Ao final, fará um levantamento dos três principais medos dos alunos.


DURANTE A LEITURA

A leitura do conto deve ser em voz alta e de maneira que crie o suspense que esse tipo de história pede.
Um dos pontos de dificuldade na leitura é o vocabulário, por isso, é sempre bom pedir que os alunos anotem suas dúvidas no caderno para serem debatidas depois da leitura. Pedir aos alunos para que fiquem atentos aos seguintes pontos:

* Narrador / Foco Narrativo;
* Personagens – protagonista / antagonista;
* Tempo;
* Espaço;
* Enredo;
* Que palavras são desconhecidas? Elas dificultam o entendimento do conto?

DEPOIS DA LEITURA

Como algum aluno sempre falta, é interessante, até mesmo para recordação e fixação do conto, pedir para que um ou mais recontem, oralmente, o conto lido.
Depois, em grupos, peça para que eles leiam novamente o conto e anotem sobre os três pontos observados durante a leitura. Em um segundo momento, cada grupo apresentará o que foi discutido para toda a turma. Ao professor cabe dialogar com a turma para que todos os pontos duvidosos sejam esclarecidos.

PRODUÇÕES A PARTIR DO TEXTO

Os textos a serem trabalhados (contos, filmes etc.) deverão explorar não só a escrita, mas também a oralidade. Assim, os alunos deverão (re)contá-los e (re)escrevê-los e, sobretudo, criar seus próprios textos.

OUTROS AUTORES DO GÊNERO

1. Rubens Figueiredo;
2. Charles Dickens;
3. Dino Buzzati.
SITES


Observação: Projeto semelhante a este foi desenvolvido pela Profa. Luciana dos Santos Marreto na EE Profa. Maria José Maia de Toledo (Jundiaí-SP.), em 2006, com grande sucesso. É motivo de grande orgulho para mim ter conhecido uma pessoa tão especial como ela. A Profa. Luciana é dessas pessoas que não se pode mensurar - seu valor é inestimável. Felizes aqueles que têm o privilégio de desfrutar da sua companhia, da sua amizade, da sua generosidade...

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Durante uma das aulas, na "roda de conversa", a questão do medo foi abordada de uma maneira bem simples, porém, efetiva para o desenvolvimento do trabalho. Solicitei aos alunos que contassem, se por ventura soubessem, alguma história fantástica, extraordinária, que envolvesse terror, medo, sobrenatural etc. Foi realmente impressionante a quantidade de histórias surgidas naquele momento. Alguns alunos relataram experiências vividas por eles mesmos, por familiares, por amigos etc. Algumas envolviam até seres folclóricos como o Lobisomem e o Saci. No entanto, os alunos solicitaram que começasse por mim e assim foi feito. A história abaixo foi contada, é verídica, e uma aluna, a Daiane, da 7ª série A, com riqueza de detalhes, reproduziu-a:

Daiane Cristina Galvão
7ª série A - EE Domingos Paro - Ibitiuva
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A CADEIRA DE BALANÇO


Ilustração: Daiane Cristina Galvão

Essa história que lerá agora, caro leitor, é uma história real. Aconteceu com uma professora de Português chamada Silvana e outras três professoras (Narla e Nerli, professoras de Matemática e Simone, também professora de Português).
Silvana, após concluir o seu curso de Letras e enfim se formar em sua profissão de professora, satisfeita segue agora com seus deveres.
Com a sua aprovação em concurso público do Estado, vai para São Paulo para fazer a escolha de seu cargo. Encontra-se diante de uma lista de cidades que ela poderá escolher para dar suas aulas. Diante dessa lista ela lembra de várias coisas que deverão ajudá-la nessa grande decisão: lembra que terá que ficar distante de sua família, que antes de morar em Bebedouro já havia, em sua infância, morado em Jundiaí e que já possuía alguns amigos e parentes por lá e que, sendo assim, não se sentiria tão sozinha como ficaria se escolhesse qualquer outra cidade. Então, como não havia mais nenhuma cidade mais próxima de Bebedouro, mais dentro de sua região, escolheu a cidade de Jundiaí.
E lá estava ela, hospedada em um hotel da cidade. Assim como Silvana, outros professores começaram a chegar de diferentes cidades e vão, a princípio se ajeitando em hotéis, casas de parentes e amigos, pensões, etc.
Silvana conhece três professoras que também ficariam em Jundiaí e tornam-se grandes amigas. Elas ficam aproximadamente um mês, talvez um pouco mais, morando em locais diferentes até que resolveram:
_ Gente! Que tal se nós alugássemos um apartamento e dividíssemos as despesas? Ficaria bem mais em conta e, além disso, nós não iríamos ficar mais sozinhas! Vocês concordam?
Pois, dito e feito! Em poucos dias elas arrumaram tudo e lá estavam, em um novo apartamento, as quatro professoras – Silvana, Simone, Narla e Nerli.
No condomínio em que moravam haviam vários prédios de apartamentos, todos com o mesmo número de andares e elas moravam em um desses prédios, no penúltimo andar.
Todos os dias, três professoras saiam para dar aulas, enquanto Simone, com poucas aulas no período da manhã, ficava no apartamento, às vezes estudando, às vezes limpando, às vezes preparando suas aulas e tudo isso ela gostava de fazer ouvindo música. Mas, para não atrapalhar os moradores dos outros andares, colocava o volume do aparelho de som em um nível bom, que dava para ouvir bem, nem muito alto, nem muito baixo, enfim, um volume médio para não ouvir reclamações dos vizinhos, porém, parece que isso não adiantava.
Constantemente as professoras recebiam reclamações dos vizinhos por conta do volume do rádio, mas elas não davam motivo para isso – o volume do rádio era sempre em um nível apropriado para o lugar, afinal elas sabiam das consequências.
Até que um dia o síndico do condomínio foi ao apartamento das professoras conversar sobre as inúmeras reclamações que os vizinhos faziam. Simone estava sozinha nesse momento e não se encontrava nos seus melhores dias. Escutou tudo o que o síndico tinha para falar, mas depois, disse a ele: “O senhor vai me desculpar, mas desde quando nós nos mudamos para cá, quase todas as noites eu e minhas amigas escutamos móveis sendo arrastados, janelas se abrindo e fechando, e o que parece ser uma cadeira de balanço, sempre balançando, no andar aqui de cima e eu resolvi falar porque sempre os vizinhos estão reclamando de nós e nós nunca reclamamos do que nos atrapalha.”
O síndico escutou calado. Logo que Simone acabou de falar, ele disse: “Simone, você deve estar enganada, pois o apartamento do andar de cima já há dois anos está vazio. A senhora que morava nele morreu e, até então, não foi alugado ou vendido para qualquer outra pessoa.”
Simone não estava acreditando no que estava ouvindo.
E o síndico completou dizendo: “A filha da senhora levou todos os móveis do apartamento e só deixou uma grande cadeira de balanço em que a senhora gostava muito de ficar balançando a maior parte do seu tempo.”
Era inacreditável. Simone se despediu do síndico pedindo-lhe desculpas, recusando o convite para verificar com seus próprios olhos o tal apartamento e falando que iria diminuir o volume do rádio.
Logo as outras professoras chegaram e ficaram sabendo da notícia, a qual deixou-as "de boca aberta" e muito espantadas.
Chegou a noite e, outra vez, os barulhos no apartamento de cima continuaram.
Passado algum tempo, com a chegada do final do ano, as professoras entregaram o apartamento - cada uma seguiria um destino diferente (Silvana continuaria em Jundiaí; Simone passou em um concurso do TRT, abandonou a carreira de professora e foi para Orlândia-SP.; Nerli foi removida para Santa Bárbara D'Oeste-SP. e Narla voltou para sua cidade, Franca-SP.). Antes, porém, ficaram sabendo (não se sabe se é verdade ou apenas boatos), que enquanto a filha trabalhava, durante o dia, uma enfermeira ficava com a senhora, e à noite, a filha ficava com a mãe. Dizem também, que a filha da tal senhora falecida não tinha muita paciência e que, por conta disso, muitas vezes agrediu a mãe.
Se a mãe não morreu em paz não sabemos, mas que tudo isso é um grande mistério, lá isso é!
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Obs.: Em breve, publicação de novas histórias fantásticas relatadas pelos alunos.
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Fernanda Carolina C. Rodrigues - 7ª série A

A CASA MISTERIOSA

Certo dia estávamos juntas, eu e minhas duas primas, Julia e Maria Eduarda - eu e Julia , tínhamos 13 anos e Maria, 7 e fomos à fazenda, na casa da Julia. Resolvemos ir à uma casa onde a dona havia falecido - era a patroa da fazenda.
Chegando lá, ao colocarmos os pés no início da escada, Maria Eduarda disse:
__ Não, não entrem aí!
E nós perguntamos:
__ Por quê? O que tem?
__ Não... nessa casa tem um bicho...
__ Mas que bicho? - disse a Julia.
__ Não entrem...
Nós ficamos sem saber o que fazer e ela sempre nos segurando e não nos deixando entrar.
De repente ela deu um grito e chorando pediu:
__ Vamos embora daqui... agora...
Julia, então, pegou-a no colo e fomos embora. Ao chegarmos na porteira (todas nós chorávamos), Julia virou-se para trás e viu um vulto passando. Maria Eduarda disse:
__ Pronto! Ele foi embora!
__ Quem foi embora, Maria? - disse eu.
__ O bicho!
__ Mas, que bicho? - disse Julia.
Naquela hora ela apertou bem forte a minha mão e a de Julia, e disse:
__ Rezem a oração do Pai Nosso.
Nós começamos a rezar.
__ Julia, Fer, vou rezar de noite e pedir para que o bicho não venha mais aqui. Se ele vier, vai levar todos que estão na casa e eu não quero que ele faça isso.
__ Calma, Maria! Calma! - disse Julia.
Voltamos para a casa de Julia e fomos embora só a noite.
No outro dia perguntei a minha tia Silvana se a Maria tinha rezado e ela me disse que sim, rezado e sonhado a noite toda. Contei tudo a ela sobre o que havia acontecido. Ela disse que Maria Eduarda tinha "costume" de ver o demônio, o capeta. Eu comecei a rir e ela me disse:
__ Não ria, eu já vi e passei muito mal. Fui ao Centro Espírita e a moça de lá disse que ela tem o dom de ver e retirar (se estiver naquele lugar).
Naquela hora meu corpo se arrepiou todo e, então, eu falei para a minha tia:
__ Olha tia, vou rezar muito e pedir tudo de bom para ela, só que agora preciso ir! Tchau... até mais!
__ Tchau! Apareça mais vezes.
__ Depois de 5 anos, todos os espelhos daquela casa se quebraram e todas as noites, à meia-noite, os móveis saiam do lugar. Os cavalos galopavam, os cachorros uivavam, as vacas mugiam e nós escutávamos chicotadas no campo. Um ano depois a filha da patroa, com 58 anos, morreu de repente, à meia-noite, com um cheiro horrível no corpo.

P.S. Essa casa ainda existe há mais de cem anos. A família da Julia ainda mora lá na fazenda. Essa história é verídica, porém, os nomes utilizados são fictícios.

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A MALDIÇÃO DO LOBISOMEM


Nilson Cesar Bonfim Júnior - 7ª A


Em uma noite escura, uma criatura estranha se esquiva sobre os prédios. Era noite de lua cheia. O relógio batia meia-noite quando escutara um uivo assustador e longo.


Saí na rua para ver se era algum cão, mas não vi nada. Virei as costas para entrar em casa e escutei passos finos atrás de mim. Virei-me outra vez e vi aquele enorme bicho em pé, peludo e feio. Cheguei a pensar, por um momento, que era um lobo, mas a criatura era bem maior que um lobo - era um lobisomem enorme. Entrei em casa correndo, mas o lobisomem derrubou a porta e eu não pude fazer nada. O lobisomem era imenso. Ele me atacou. Fiquei com um arranhão sangrando.


O lobisomem foi embora e eu, tremendo, fui lavar o arranhão. Estava com muito medo. Tive um pesadelo à noite e no outro dia, o arranhão havia sumido.


Quando chegara a noite de lua cheia, senti algo crescendo dentro de mim. Era uma dor enorme, mas que passara rápido. Quando bateu meia-noite, ganhei um focinho enorme, meu corpo ficou cheio de pelos e minhas mãos e pés ficaram como patas enormes. Eu acabara de virar um lobisomem horrível, tenebroso, igual ao que eu havia visto na noite passada.


Agora eu terei que conviver com isso e, todo mês, ao menos duas vezes, eu virarei lobisomem. Assim será até que eu encontre alguém, à meia-noite de lua cheia, para arranhar e me livrar dessa maldição.
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FAX DO NIRSO

De repente, lendo os meus e-mails, deparei-me com o texto "Fax do Nirso", enviado por um amigo, o Ivon, professor em Jundiaí-SP. O texto em questão veio a calhar, haja vista que estava trabalhando com os meus alunos, os muitos "falares" dentro da Língua Portuguesa, o "certo" e o "errado" e a questão do "preconceito linguístico. Além disso ele aborda, de forma bem humorada, as questões mencionadas anteriormente, bem como serve de base para se trabalhar questões gramaticais como concordância verbal, concordância nominal , ortografia etc. O mais gratificante, no entanto, é perceber que os alunos entenderam a proposta e poder observar a satisfação que sentem quando descobrem que são capazes de passar a linguagem do texto para a norma padrão da língua.

Veja o "Fax do Nirso" na íntegra:

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FAX DO NIRSO

UM GERENTE DE VENDAS RECEBEU O SEGUINTE FAX DE UM DOS SEUS NOVOS VENDEDORES:

- "SEO GOMIS, O CRIENTE DE BELZONTE PIDIU MAIS CUATRUCENTA PESSA. FAZ FAVOR TOMÁ AS PROVIDENSSA. ABRASSO, NIRSO".

APROXIMADAMENTE UMA HORA DEPOIS, RECEBEU OUTRO:
- "SEO GOMIS, OS RELATÓRIO DI VENDA VAI XEGÁ ATRAZADO PROQUE TÁ FEXANDO UMAS VENDA. TEMO QUE MANDÁ TREIS MIL PESSA. AMANHÃ TO XEGANO. ABRASSO, NIRSO.'"

NO DIA SEGUINTE:

- "SEO GOMIS, NUM XEGUEI PUCAUSA DE QUE VENDI MAIS DEIS MIL EM BERABA.TÔ INO PRA BRAZILHA. ABRASSO, NIRSO."
NO OUTRO:

- "SEO GOMIS, BRAZILHA FEXÔ 20 MIL. VÔ PRA FROLINOPIS E DE LÁ PRA SUM PAULO NO VINHÃO DAS CETE HORA. ABRASSO, NIRSO."

E ASSIM FOI O MÊS INTEIRO.
O GERENTE, MUITO PREOCUPADO COM A IMAGEM DA EMPRESA, LEVOU AO PRESIDENTE AS MENSAGENS QUE RECEBEU DO VENDEDOR. O PRESIDENTE ESCUTOU ATENTAMENTE O GERENTE E DISSE:

- "DEIXA COMIGO, QUE EU TOMAREI AS PROVIDÊNCIAS NECESSÁRIAS". E TOMOU... REDIGIU DE PRÓPRIO PUNHO UM AVISO E O AFIXOU NO MURAL DA EMPRESA, JUNTAMENTE COM AS MENSAGENS DE FAX DO VENDEDOR:

- "A PARTI DE OJE NOIS TUDO VAMO FAZÊ FEITO O NIRSO. SI PRIOCUPÁ MENOS IM ISCREVÊ SERTO, MÓDI VENDÊ MAIZ."

CINADO, O PRIZIDENTI.
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