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domingo, setembro 26, 2010

PROFESSORES APAIXONADOS




Professores professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela ideia fixa de que podem mover o mundo. Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.

As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos. Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato. Apaixonar-se sai caro!

Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria. Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.

Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.

Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão.

Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.

Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro. Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança. Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração. Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.

Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.

Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.



A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.



Gabriel Perissé


[Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br]

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sábado, setembro 18, 2010

ENQUETE DA FOLHA MOSTRA QUE MERCADANTE FOI MELHOR NO DEBATE

17/09/2010


Enquete da Folha mostra que Mercadante foi melhor no debate


Após o debate entre os candidatos ao governo do Estado de São Paulo promovido na noite desta quarta-feira (15/09) pela RedeTV! e pelo jornal Folha de S. Paulo, o site FolhaOnline disponibilizou uma enquete para o público votar em quem se saiu melhor. Desde ontem e durante toda esta quinta-feira (16/09), o candidato do PT, Aloizio Mercadante foi considerado o melhor entre os seis concorrentes.


O debate foi aberto com Educação, área prioritária no Governo Mercadante, e tema que dominou todo o primeiro bloco do programa, mostrando que a insatisfação é unanimidade. Destaque para a péssima qualidade do ensino da rede estadual e a progressão continuada, método criado pelo educador Paulo Freire e que, nos últimos 16 anos em que o Estado esteve sob a gestão do PSDB, tem sido deturpado a ponto de ser chamado por alguns especialistas de “pedagocídio”. O ex-governador tucano foi o único a defender o método que tem funcionado como mera aprovação automática, formando anualmente milhares de estudantes que não sabem ler e escrever adequadamente.


Outro tema que também isolou o candidato tucano em relação aos demais participantes - até dos jornalistas - foi o conjunto de problemas relacionados ao transporte de São Paulo, com o Metrô avançando muito lentamente, a malha ferroviária subutilizada e os altos pedágios paulistas.



Clique aqui para ler como foi o debate.
Clique aqui para ver a enquete.
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terça-feira, setembro 07, 2010

PARÓDIA: SONETO DA INFIDELIDADE


Olá!
Amigo blogueiro, veja matéria e fotos sobre a manifestação dos professores de todos os municípios do Ceará, nas ruas de Fortaleza, pelo piso e por um plano de carreira decente, ////acessar em: http://www.valdecyalves.blogspot.com
Pra você o soneto da infidelidade  ao professor, que fiz parodiando Vinicius de Moraes:
A todo professor sou desatento
Sempre, com zelo tal e tanto e tanto
Pois educar é o meu desencanto
Extinguir professor: meu pensamento!
Perseguirei a cada vão momento
Esteja onde estiver, qual seja o canto
Levarei cada um ao pior do pranto
Ao pior pesar, nenhum contentamento!
E assim mais tarde, quando me procure
Atrás do piso, dor de quem ensina
Da valorização que vou negar-te!
Do FUNDEB direi quanto à propina
Desvio não o total, posto que é parte
De toda corrupção, que sempre dure!
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PROFESSORES SE IRRITAM COM ALCKMIN (PSDB) POR DECLARAÇÃO MENTIROSA NO DEBATE NA BAND


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Alckmin (PSDB) mente em debate na Band
Na data de 12/08/2010, durante o debate político na TV Bandeirantes, o candidato ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que as escolas estaduais são boas e que a oposição só sabe criticar, complementando que não ocorreu nenhuma greve em seu governo.
Não é o que diz o jornal da grande mídia que apóia o PSDB. Alckmin governou São Paulo de 2001 a 2006.
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sábado, setembro 04, 2010

DOAÇÕES PARA A CAMPANHA CRIANÇA ESPERANÇA: SIM OU NÃO?

Opinião...


Carta (original) para Renato Aragão (escrita por mim (Eliane Sinhasique), é claro!)

CARTA ABERTA PARA RENATO ARAGÃO

Rio Branco, Ac – 23 de agosto de 2007

Querido Didi,

Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências). Achei que as cartas não deveriam sem endereçadas à mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta.

Não foi por "algum" motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos). Você diz, em sua última carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação.   

Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não mata ninguém. Estudei na escola da zona rural, fiz supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro empresária. Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos! Sem falar dos impostos embutidos em cada alimento, em cada produto que preciso comprar para minha família.

Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem. Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais. O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda, não tem a educação como prioridade. O dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal. Para você ter uma idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda?

Você diz em sua carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria se endereçada ao Presidente da República. Ele é "o cara". Ele tem a chave do cofre. Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

No último parágrafo da sua carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da "minha" doação, que a "minha" doação faz toda a diferença. Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínima, de R$ 15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias.

Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família. Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.

Outra coisa Didi, mande uma carta para o Presidente pedindo para ele selecionar melhor os professores. Só escolher quem de fato tem vocação para o ensino. Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam, além de ler, escrever e fazer contas, desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso tem sim! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.

Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando... 

Eliane Sinhasique
Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari 
P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal educada: vou rasgá-la antes de abrir.
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Fonte: http://sinhasique.zip.net/arch2008-09-21_2008-09-27.html
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Recebi essa mensagem de uma amiga, professora Kamila Camilo - Bebedouro-SP. 

sexta-feira, setembro 03, 2010

MEC CRIA COMITÊ PARA SUPERVISIONAR "ENEM" DE PROFESSORES

Foi criado nesta quinta-feira (2) o Comitê de Governança do Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente. O órgão acompanhará a elaboração e aplicação da prova, que servirá como processo seletivo dos professores para as escolas da rede pública. De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial da União o comitê será o órgão do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) responsável pelo exame.

A criação da prova foi no dia 24 de maio. Ela funcionará como um concurso nacional para seleção de professores das redes públicas. A primeira edição será em 2011, destinada a quem deseja trabalhar com alunos dos primeiros anos do ensino fundamental e da educação infantil.

As secretarias estaduais e municipais de Educação poderão escolher se usam ou não a nota do novo exame em seus processos seletivos. Além disso os professores poderão usar a nota em diversos concursos.

O objetivo da prova é ajudar as redes a selecionar seus professores. O exame também servirá para diagnosticar os conhecimentos, competências e habilidades dos futuros professores e assim subsidiar as políticas públicas de formação continuada.

Escolha dos temas abordados 


Os temas cobrados no exame foram escolhidos com ajuda da opinião pública. Uma semana antes da criação oficial do exame, o Inep abriu um espaço em seu site para que qualquer pessoa sugerisse quais seriam os conhecimentos que um professor de educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental deveria ter no momento do ingresso na carreira. O sistema ficou aberto do dia 19 ao dia 30 de junho.

As sugestões estão sendo analisadas por uma equipe técnica do Inep com especialistas de cada área e devem integrar a matriz que será usada para a elaboração das questões do Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente.

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Fonte: http://www.clickpb.com.br/artigo.php?id=20100902100501&cat=educacao&keys=mec-cria-comite-supervisionar-enem-professores

quarta-feira, setembro 01, 2010

A ESCOLA - PAULO FREIRE

EDUCAÇÃO É TUDO: RUBEM ALVES

JARDIM DE INFÂNCIA - PEDRO BIAL

JARDIM DE INFÂNCIA

Esse texto foi produzido pela aluna Kesya Beatriz Alves Domingos, 7ª série B, da EE Maurício Montecchi - Pitangueiras-SP. como uma atividade da aula de Língua Portuguesa (Profª Silvana Moreli),


JARDIM DE INFÂNCIA
Kesya Beatriz Alves Domingos
 
 
Pense em um lugar bom pra se viver
Onde você fala e faz o que tem que fazer
Um lugar com muita esperança
Onde adultos são alunos e professores são crianças.
 
Antes do almoço mandam você lavar a mão,
Mas sabemos que é para nossa proteção
Aprendi que para no futuro poder andar
A natureza no presente tenho que preservar.
 
Aprendi que com os outros tenho que ter educação
Pois todos são considerados como irmãos.
Na hora da soneca tenho que falar baixinho
Se não acordo meus amiguinhos.
 
Desse lugar me lembro até hoje
Me lembro com muito, muito gosto
Esse lugar é o Jardim de Infância
Onde de muitas crianças nasce a esperança!!!
 

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