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domingo, março 27, 2011

MORRE UM PROFESSOR...

Caro amigo, Prof. Ivon:

Agradeço pela linda mensagem e, por ser assim, quero compartilhá-la com todos! Vale a pena ler (e se indignar!).

Um grande abraço!


COMBU$TÍVEL...


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Fonte: http://www.ivancabral.com/2011/03/charge-do-dia-combutivel.html

NA SUA OPINIÃO, O QUE É UM BOM PROFESSOR?

Veja as respostas de entidades nacionais e internacionais para a pergunta

 
Na sua opinião, o que é um bom professor?
  
João Bittar/MEC
Carolina Vilaverde
Simone Harnik
Da Redação do Todos Pela Educação
Na sua opinião, o que é um bom professor? É aquele que tem a capacidade de ensinar os assuntos fáceis e difíceis e de aprender com os estudantes? É o que está empenhado em lecionar cada dia melhor? Com essa pergunta, o Todos Pela Educação contatou dez entidades nacionais e internacionais. 

Veja as respostas das entidades abaixo:
Campanha Nacional pelo Direito à Educação
Daniel Cara, coordenador-geral
Um bom professor é um bom profissional. Educação não é (nem pode ser!) diferente de qualquer outra área. Um bom profissional precisa ser dedicado, deve se fazer presente, tem que ser compromissado, tem que ter interesse contínuo por aprimoramento e deve demonstrar força de vontade, interesse e iniciativa em buscar soluções aos problemas que surgem no seu cotidiano de trabalho.
O problema é que o professor é um profissional que recebe muito pouco, enfrenta péssimas condições de trabalho, não possui plano de carreira e é excessivamente cobrado. Defendemos, essencialmente, um tratamento justo, objetivo e isonômico.
Confederação Nacional de Pais de Alunos (Confenapa)
Iedyr Gelape Bambirra, presidente
Um bom professor tem de gostar de criança, tem de gostar do estudante. Essa é a primeira coisa. Em segundo lugar, tem de ter uma boa formação: não apenas a profissional completa, mas também uma boa formação de conhecimento de leis e de princípios éticos e morais.
Se o professor tem esses princípios, vai aplicá-los durante sua vida profissional. O que ocorre, é que, muitas vezes, não há aplicação dos princípios éticos nas escolas públicas e privadas. E há professores que não se expressam de maneira adequada com os estudantes, colocam apelidos e até ofendem os alunos.
O professor tem de ser um agente de democratização da escola. Ainda falta acesso dos pais à escola e as famílias são impedidas de criar associações.
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)
Heleno Araújo, secretário de Assuntos Educacionais
O bom professor é aquele que contribui coletivamente para que a escola cumpra seu papel. Para isso, tem de ter infraestrutura e ambiente adequados para a atividade docente e para que o estudante possa buscar autonomia. A escola tem de ser equipada, ter biblioteca, quadra de esporte coberta, laboratórios, espaço para o encontro com os colegas na hora do intervalo.
Além disso, o profissional tem de ter tempo para se dedicar à comunidade escolar e, portanto, ter exclusividade com uma escola. Dentro de sua carga horária de trabalho, o professor deve ter o tempo da sala de aula, de pesquisa, de estudo, de atendimento individualizado, e deve contribuir para o fortalecimento do conselho escolar, em projetos que envolvam a comunidade.
Para que trabalhe em uma única escola, é preciso salário decente. Também é necessária uma política de formação continuada, para que esteja preparado para enfrentar os desafios.
Um professor, em um ambiente desse tipo, está preparado para trabalhar com o coletivo e alcançar o objetivo da escola, que é preparar o estudante para a vida. Já um estudante preparado para a vida é aquele que se relaciona com outros cidadãos, cuida do ambiente, se preocupa com a escola e com o bem comum. Ele também sabe que a solidariedade é mais importante que a competição e que pode contribuir para que a vida seja melhor.
Conselho Nacional de Educação (CNE)
Francisco Aparecido Cordão, presidente da Câmara de Educação Básica
O bom professor é um profissional da Educação que, nos termos da atual LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), “zela pela aprendizagem dos alunos”. Ele sabe que sua missão profissional não se resume a dar aulas. Seu maior desafio está na promoção da autonomia intelectual dos alunos, que garante a prontidão para a aprendizagem permanente.
O bom professor, como já me confidenciou um garotinho de seis anos de idade, é aquele que “presta atenção na criança”. O grande educador Paulo Freire diria que ele aprendeu que a relação entre professor e aluno é sempre a relação de duas consciências que se respeitam. Ele tem certeza de que seus alunos estão aprendendo com seu trabalho, porque ele também está aprendendo nessa relação. Professores e alunos, em comunhão, estão aprendendo a ver o mundo com perspicácia e a nele atuar.
O bom professor tem paixão por ensinar, porque aprendeu que só poderá ser eterno naquilo que comunica e partilha solidariamente. Tem orgulho de sua profissão, defende-a com garra e a valoriza pelo seu trabalho bem feito e pela beleza dos seus resultados. Fica feliz quando os seus alunos conseguem ver, sentir, julgar e agir como cidadãos livres, solidários e eticamente responsáveis, justos e verdadeiros. O bom professor é um otimista, um sonhador, um poeta e um artista apaixonado pela sua profissão.
Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed)
Gostaríamos de sugerir mudar a pergunta para: Como é um bom professor? E com ela, respondemos: um bom professor é orientador do seu aluno, promove a compreensão do "porquê" e "para quê" do seu esforço em aprender, conduz responsavelmente o processo de permanente autoformação, valoriza a reflexão e a capacidade de análise crítica de cada um.
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
Maria de Salete Silva, coordenadora do Programa de Educação do Unicef no Brasil
Uma boa professora ou um bom professor tem como diretriz de sua prática a compreensão de cada menino e menina como sujeito de direitos. Entende sua prática como essencial para garantir o direito de aprender e sabe que cada criança e adolescente tem tempos e formas diversas de aprendizagem.
Por isso, a boa professora e o bom professor têm um olhar diferenciado para cada uma das crianças. Preocupam-se com o desenvolvimento pleno de seus alunos e alunas: sua presença e ausência, sua saúde, exposição a situações de preconceito, discriminação e violência.
A atitude é de busca contínua de crescimento: os bons professores preocupam-se com a própria formação, buscando novas oportunidades de aprendizagem e contribuindo para o estabelecimento de uma rede de troca de experiências com os demais professores e professoras da escola e da rede de ensino. Tem disposição, calma e paciência para conversar e ouvir as crianças e suas famílias, estabelecendo com elas uma relação de atenção, proximidade e confiança."
Ministério da Educação (MEC)
Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, secretária de Educação Básica
Um bom professor deve gostar de fato da profissão: gostar de barulho, de gente curiosa, de choro de adolescente, de administrar conflitos. Tudo isto vem junto com o ofício de professor. Também deve gostar de estudar, de ler de tudo: jornais, revistas, gibis, literatura, teoria.
Deve ser pontual, porque deixar 30 ou 40 crianças ou adolescentes esperando não dá! Deve ser motivado com a dificuldade do seu aluno e fazer desta dificuldade, a sua motivação profissional: descobrir porque ele não aprendeu e o que pode fazer para que ele aprenda (e não vale reprovar...).
O bom professor tem de aprender a trabalhar coletivamente, pois o trabalho na Educação Básica é sempre em grupo. Precisa ouvir seus colegas, as críticas inclusive, sem levar para o lado pessoal. Deve gostar dos alunos, elogiar os trabalhos, conhecer a história de vida de cada um deles.
E para que ele seja um ótimo professor, precisa de condições para exercer a docência: dedicação exclusiva a uma escola, tempo para estudar, tempo para se reunir com seus colegas (sem que seja no tempo dos alunos), salário compatível com a sua formação.
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)
Wagner Santana, oficial de projetos do setor de Educação da Unesco no Brasil
Para ser professor é necessário muito mais do que vocação, uma condição importante e necessária, mas não suficiente. É importante que os professores desenvolvam competências racionais e técnicas específicas de seu ofício, que se referem à responsabilidade com o seu trabalho e ao compromisso com a aprendizagem dos estudantes. 
Há duas grandes dimensões que estão na base da identidade profissional docente, conforme mencionado na publicação “Educação de qualidade para todos: um assunto de direitos humanos", uma das referências da Unesco sobre professores. A primeira delas diz respeito a um conjunto de atividades relativas a “aprender a ensinar” e “ensinar a aprender”. É um aprendizado que requer “competências cognitivas - conhecer, manipular informação e continuar aprendendo acerca do que é próprio da disciplina - e competências pedagógicas - saber como ensinar a disciplina, como trabalhar em ambientes diversos, como gerar condições adequadas para a aprendizagem em contextos de dificuldade e com grupos heterogêneos e utilizar criativamente os recursos didáticos disponíveis”.
A segunda dimensão refere-se ao cumprimento responsável da missão atribuída pela sociedade aos docentes: “garantir o desenvolvimento integral dos alunos por meio de aprendizagens relevantes e pertinentes para todos”. Essa dimensão pressupõe competências éticas que “habilitem o docente a cumprir com o compromisso social de garantir o desenvolvimento integral dos alunos por meio de aprendizagens relevantes e pertinentes para todos”, e competências sociais, que são aquelas que criam as condições para “satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem; adaptar-se e responder à permanente mudança do conhecimento; trabalhar em redes; promover diálogos e consensos; em suma, exercer sua responsabilidade e direito de cidadão nas decisões relacionadas com a educação, a escola e sua própria prática”.
Além disso, é preciso destacar que, para exercer bem a profissão, o professor deve ter boas condições de trabalho, salário digno e oportunidades de aprimoramento profissional.
Todos Pela Educação
Priscila Cruz, diretora-executiva
Um bom professor é aquele que não deixa nenhum aluno para trás. Os países que têm os melhores desempenhos nas avaliações internacionais são aqueles que têm baixíssima desigualdade educacional. Isso significa que não apenas a média é boa, mas a distribuição em torno dela é pequena, ou seja, não há muita diferença entre os alunos com menor e maior desempenho. Essa dimensão é muito importante, pois cada um dos alunos tem direito de aprender. E, assim, o bom professor é aquele que não desiste de nenhum aluno por maiores que sejam suas dificuldades.
Um bom professor é aquele que sabe o conteúdo a ser ensinado e a maneira de ensiná-lo. Ter domínio do conteúdo e saber gerenciar a sala de aula, ensinar e motivar os alunos são características presentes nos bons docentes.
O compromisso com o trabalho e com os estudantes também é fundamental. O bom professor não falta desnecessariamente, respeita os alunos, é parceiro das famílias. E, principalmente, é altamente comprometido com a aprendizagem de seus alunos, motivando-os a aprender cada vez mais.
União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime)
Um bom professor é aquela pessoa que detém (in)formação adequada e que desenvolve técnicas coerentes às múltiplas situações de ensino. Formação, informação e didática são premissas que compõem o perfil de um bom professor.
Contudo, não são suficientes. É necessário, ainda, o desenvolvimento da capacidade de olhar e de agir. Saramago nos ensina: "Se puderes olhar, vê; se puderes ver, repara". Compreendemos, então, que bons professores desenvolvem cotidianamente o (re)conhecimento "do outro" com suas alegrias e dores; e são capazes de criar a pergunta que afeta e mobiliza.
Em um mundo cada vez mais desigual o sentido de se colocar no lugar do outro, e, consequentemente, de agir, é fundamental. Dessa forma, podemos dizer que bons professores são aqueles que fazem opções políticas claras em prol de um mundo melhor, justo e solidário. Os bons professores olham, veem, reparam e agem.
União Nacional dos Estudantes (UNE)
Um bom professor é, acima de tudo, um professor que gosta de ensinar. É um professor que se dedica a provocar a curiosidade e a crítica em seus estudantes e que percebe a importância de seu trabalho no contexto da sociedade e do país em que ele vive. Que percebe que não é dono da razão e que seu aprendiz não é um aluno, ou seja, um "sem luz", como se fosse uma caixa vazia na qual devem ser depositados os conhecimentos.
Deve perceber, não só sua prática docente, mas a vida de seus estudantes à luz das contradições sociais e econômicas que condicionam seu desenvolvimento como cidadãos. É aquele que reflete sobre sua didática e sua proposta pedagógica e sobre os efeitos que elas têm sobre o aprendizado dos estudantes e sobre o debate de concepções e políticas educacionais implementadas atualmente.
E, sobretudo, é o professor que tem boas condições de trabalho, que devem ser proporcionadas, por sua vez, pelo poder público, por meio de salários dignos, planos de carreira, formação continuada e gestão democrática, responsabilizando-se, assim, não só o professor como sujeito, mas toda a sociedade pela formação de bons professores.
É, portanto, o professor que tem consciência da importância fundamental de seu trabalho para o desenvolvimento das vidas de seus estudantes e de um país cujo povo seja mais educado, crítico e consciente de suas possibilidades e direitos.
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sexta-feira, março 25, 2011

'ZANGIEF KID' REACENDE TEMA DO BULLYING; SAIBA SE SEU FILHO É VÍTIMA

Segundo a psicóloga Maria Tereza Maldonado, o bullying se caracteriza por ações repetitivas de agressão física e verbal com a clara intenção de prejudicar a vítima

Um garoto de 15 anos virou sensação na internet depois que um vídeo em que aparece revidando uma agressão em uma escola na Austrália foi publicado na rede. Entrevistado por uma rede de TV, Casey Heynes disse que era vítima de provocações na escola há pelo menos três anos e que chegou a pensar em se matar.

O pai do garoto afirmou que só tomou conhecimento do drama vivido pelo filho após o sucesso do vídeo. Afinal, como os pais podem identificar se seus filhos estão sofrendo bullying e como lidar com esse problema?
Segundo a psicóloga Maria Tereza Maldonado, autora do livro Bullying e Cyberbullying: o que fazemos com o que fazem conosco, o bullying se caracteriza por ações repetitivas de agressão física e verbal com a clara intenção de prejudicar a vítima. De acordo com ela, os pais têm um papel fundamental para evitar que os filhos sejam vítimas ou autores das agressões.
Para saber se o filho sofre com o bullying na escola, a psicóloga aponta que é preciso estar atento para alguns sinais. "Muitas vezes, a criança fica mais ansiosa, tensa, tem pesadelos à noite e não manifesta vontade de ir à escola. A vítima também fica mais fechada, não quer falar sobre a escola, por medo ou vergonha de assumir que sofre agressão".
De acordo com a especialista, o mais importante é que os pais conversem com os filhos sobre o tema.
"Como esse assunto ganha cada vez mais repercussão, é interessante que seja debatido dentro de casa. Os pais devem perguntar se os filhos já foram vítimas de algum tipo de humilhação, se já presenciaram algum caso envolvendo colegas", afirma.
Segundo Maldonado, os pais precisam acompanhar a rotina dos filhos. "Mesmo que a criança nunca tenha convivido com o bulliyng, é preciso preparar o terreno para, caso ela venha a ser vítima, estar disposta para enfrentar".
A especialista sugere ainda que os pais escutem a criança e, quando estiverem diante de uma situação de agressão sofrida, não critiquem. "Os pais não podem desmerecer a criança, dizer 'você é um fraco mesmo', humilhar como se a criança tivesse culpa pela agressão. É preciso encorajar, deixar o filho seguro de si", afirma.
Ela também defende que, em caso de agressão, os pais devem procurar a escola, falar com os professores e buscar compreender a situação para evitar que aconteça novamente. "A escola tem responsabilidade sobre o trabalho de prevenção ao bullying. Junto com os pais, ela precisa deixar bem claro que o relacionamento entre as pessoas deve ser baseado no respeito".
Violência
Questionada sobre a atitude do garoto australiano que, cansado das agressões, acabou reagindo com mais violência, a psicóloga afirma que cada criança reage de uma forma ao bullying. "Algumas se isolam, não falam sobre o assunto e não querem mais conviver na escola. Outras reagem com mais violência, o que também é ruim. Outras pedem ajuda, e isso é o mais importante".
De acordo com a especialista, os pais não podem estimular o comportamento violento. "Eles devem reagir com firmeza, mostrando que a atitude é errada e criando uma segurança na criança para que ela tenha condições de inibir a ação do agressor", afirma. "Ela precisa desenvolver recursos para se fortalecer, não se sentir humilhada, excluída. Assim vai conseguir lidar com essa situação."
Sobre o perfil mais comum dos agressores, a psicóloga aponta que são pessoas inseguras e com dificuldades de relacionamento, ou que desenvolvem uma capacidade de liderança utilizada de modo negativo. "Os pais devem deixar muito claro para seus filhos que respeito aos outros é fundamental. Brincadeira é quando todos se divertem, quando alguém está sofrendo deixa de ser brincadeira e passa a ser agressão", aponta a piscóloga.
Segundo o pesquisador do Núcleo Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) Renato Antônio Alves, para evitar o bullying é preciso impor limites. "Não só os pais, mas também a escola deve deixar claro que essa prática não é aceitável. É preciso estar atento ao comportamento das crianças para prevenir que isso aconteça, porque o trauma para as vítimas é muito grande", afirma.
O professor aponta ainda a importância da formação de valores. "Se as crianças não aprendem os valores, como o respeito, é porque a escola e a família estão falhando na educação".
Fonte: Terra
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BULLYING: SEU FILHO É VÍTIMA?

24/03/2011 - 06h00

Bullying: identifique se o seu filho é vítima desse tipo de intimidação

Da Redação
Em São Paulo

Pouco antes do horário de ir à escola, a criança diz que tem dor de barriga e pede para faltar. Em casa, não desgruda da Internet. Senhor pai ou responsável: pense duas vezes antes de castigar seu filho ou chamá-lo de preguiçoso. Você pode ter uma vítima de bullying em casa.
O termo vem do inglês "bully" (pronuncia-se 'búli'), que se refere a pessoas que intimidam, agridem ou se aproveitam de outras pessoas - o seu filho, por exemplo.


Um dos desafios para a identificação do bullying é o fato de muitas dessas práticas serem aceitas como meras brincadeiras por pais e professores - crianças que se dão apelidos, fazem gozações e chacotas umas com as outras.
"O que muitos pais não percebem é que, não raramente, essas 'brincadeiras' fazem mal à criança. Em casos extremos, leva ao suicídio", diz a pedagoga Cleo Fante, especialista em bullying.
Segundo a educadora, a popularização da Internet entre adolescentes e crianças é outro fator que contribui para o aumento do bullying, "já que no mundo virtual as pessoas não precisam dar as caras".
Os casos de cyberbullying, praticados pela Web, são tão "prejudiciais para as crianças quanto o bullyings tradicional", afirma Fante.
  • Garoto australiano revidou bullying e ficou conhecido como 'Zangief Kid', referência a um a um lutador do game "Street Fighter"

Como agir diante do bullying

No mundo real ou virtual, o problema requer atenção de pais e professores.
"Um dos maiores erros é menosprezar o sofrimento da criança. Não se deve dizer para o filho deixar isso para lá", diz Fante.
"Há pais que dizem 'eu também passei por isso', o que não justifica o sofrimento da criança. Além do mais, cada indivíduo encara as dificuldades de maneira diferente", diz.
Se a escola é o local em que a criança sofre a intimidação, os pais devem entrar em contato com professores e diretores, que devem coibir esse tipo de ação entre os estudantes.
"É preciso também estimular a auto-estima dos pequenos. As maiores vítimas são as crianças tímidas, que não conseguem se defender e exigir que os colegas parem com a brincadeira. Os pais devem incentivar a criança a fazer isso, sem estimular a violência", diz Fante.
"A criança deve conseguir dizer com firmeza: 'eu não quero brincar', 'eu não sou isso que você está dizendo'. Brigar com o filho vítima de bullying não dará a coragem que a criança precisará para ser firme", explica a pedagoga.

Seu filho sofre bullying? Então:

Não diga para "deixar para lá" - ou ele pode não mais contar problemas que tenha;
Converse com a direção da escola, se o problema for lá;
Se não resolver, faça boletim de ocorrência em delegacia de polícia;
Se a ofensa for pela Internet, imprima a página e leve ao Ministério Público;
Estimule que seu filho conte como foi o dia na escola.

Como identificar o bullying

Muitas vítimas de bullying sofrem caladas, "por vergonha, por acharem que são culpadas ou até merecem os apelidos, ou por falta de oportunidade de diálogo", aponta Cleo Fante.
Cabe, então, a pais e professores a tarefa e identificar se há algo de errado na vida social da criança ou mesmo do adolescente.
"Só consegue notar diferenças quem acompanha o cotidiano do filho. É esse o primeiro passo: ver se a criança está mais irritada, nervosa ou triste que o normal", aponta Fante.
No caso de vítimas de cyberbulling, a compulsão por utilizar a Internet é outra característica.
Filhos "valentões"
Se o seu filho não é vítima de bullying, ele pode ser, ainda, um desses agressores - comportamento que também merece atenção e cuidado dos pais.
"Dependendo da gravidade do ato, o menor pode ser internado para serem aplicadas medidas sócio-educativas", explica o promotor de Justiça Criminal, Lélio Braga Calhau, de Minas Gerais.
No caso de bullying pela Internet - caso a criança ou adolescente espalhe mentiras que ofendam algum colega -, o pai ou quem permitiu o acesso ao computador também pode ser penalizado.
"Alguém que seja negligente com um crime pode também ser responsabilizado, de acordo pelo código penal. Na área cívil, pode haver processos por danos morais e a família ser obrigada a pagar indenizações", diz Calhau.
Para identificar se o seu filho está intimidando outras crianças, a pedagoga cita algumas características comuns aos agressores: "os jovens que praticam bullying costumam ser hostis, usam força para resolver seus problemas e são intolerantes".
Os pais não devem elogiar nem estimular os filhos briguentos e valentões. Devem conversar e, se necessário, procurar ajuda de profissionais especializados, como psicólogos.

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Fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2011/03/24/bullying-identifique-se-o-seu-filho-e-vitima-desse-tipo-de-intimidacao.jhtm

PROFESSOR COORDENADOR PEDAGÓGICO: ARTICULADOR ESCOLAR

Profissão: articulador escolar
O coordenador pedagógico se consolida cada vez mais como formador, orientador de um trabalho coletivo e elo entre as pessoas, o projeto escolar e os conteúdos programáticos
 
Carmen Guerreiro

Escola Projeto Vida, em São Paulo: acompanhamento do plano de aulas do professor

Reger a escola do século 21 não é uma tarefa para qualquer maestro. Numa época em que se rediscutem espaço, tempo, modo, sujeito e conteúdo da aprendizagem, a figura do coordenador pedagógico se destaca como articuladora e representante dessa nova forma de pensar a educação. O coordenador é hoje - ou poderia ser -  o elo a unir projeto pedagógico da escola, conteúdo programático e as pessoas envolvidas no projeto - professores, gestores, pais e alunos. E, para ele, é impossível harmonizar esses três polos sem responder a grandes questões da educação atual: de quem é a responsabilidade pelo aprendizado dos alunos? Como trabalhar o conteúdo de um currículo fixo de maneira diferente em cada turma? Como quebrar a barreira das disciplinas? Como apoiar o professor e contribuir com a sua formação?

Em meio a essas demandas, o cenário educacional contemporâneo introduz ingredientes que criam paradoxos para o exercício da função. Ao mesmo tempo que a cobrança social pela aprendizagem dos alunos, cada vez mais, recai de forma individualizada sobre o professor, ele é instado a trabalhar de forma interdisciplinar, em projetos conjuntos com as outras disciplinas e áreas de saber. No que tange ao currículo, há uma crescente defesa da constituição de um "mínimo múltiplo comum", sobretudo para algumas disciplinas do ensino médio, nas quais o aluno, caso mude de escola, está arriscado a estudar a mesma coisa nos três anos dessa etapa. Em paralelo, há uma grita pela manutenção das singularidades regionais - nem sempre justificada, pois muito do conhecimento com que a escola trabalha é universal.

Em meio a pressões de todos os lados - dos docentes, gestores, alunos e familiares - quais seriam, então, as características que fariam do coordenador um profissional capacitado a desempenhar o papel de articulador?

Um bom comunicador
Para dar conta de tamanho desafio, o coordenador precisa ter a seu favor algumas características. "Não podemos definir um perfil exato para o coordenador, pois é possível praticar a coordenação pedagógica com estilos variados. No entanto, o cuidado com as relações interpessoais tem de ser um norte a ser perseguido. As características que definem um bom coordenador talvez sejam as mesmas que caracterizam um bom professor", aponta Renata Cunha, docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep).

Independentemente de suas semelhanças com os professores, o coordenador deve ser alguém, segundo Nilda Alves, da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que saiba liderar sem perder de vista que está coordenando uma equipe em uma escola, e não em uma empresa, que tem dinâmica e foco diferentes. "E isso não significa ficar levando textos que conclamam o professor a trabalhar melhor, já que o professor está ali para cumprir o seu trabalho."

Fernanda Liberali, pesquisadora da PUC-SP com mestrado e doutorado dedicados ao papel do coordenador pedagógico, complementa que, como líder, ele deve conquistar o respeito do colegiado. "Para isso, precisa estar informado, estudar sempre. Não precisa saber todo o conteúdo de todas as áreas, mas tem de ter conhecimento teórico sobre a prática pedagógica." Outra característica importante do perfil é saber o momento de ouvir e de falar. "É preciso ouvir o professor para ganhá-lo, fazê-lo revelar o quê e como pensa, como acha que determinada questão tem de ser tratada."

Estabelecido esse canal de comunicação, fica mais fácil sugerir caminhos e propor reflexões acerca de convergências e divergências entre o que o professor tem em mente e o projeto pedagógico da escola. Essa relação de confiança é fundamental porque faz com que os professores se sintam à vontade para levar suas dificuldades e problemas para o coordenador, resume Fernanda.

Como a interação com os professores está na base do trabalho do coordenador pedagógico, pesquisadores do tema usam a teoria das relações interpessoais, do pedagogo norte-americano Donald Schön, para tentar compreender as habilidades de comunicação que esse profissional precisa desenvolver. De acordo com Schön, autor de Educando o profissional reflexivo (Artmed, 2000, edição esgotada), a relação entre instrutor e aprendiz (interpretados por especialistas como coordenador e professor) pode ser um sucesso ou um fracasso dependendo de como a hierarquia, o poder e o controle transparecerem na comunicação. Ele descreve duas situações. Na primeira, o coordenador deixa claro o seu poder como superior na hierarquia em relação ao professor. O resultado é descrito por Tânia Romero em seu doutorado A interação coordenador e professor: um processo colaborativo?: "As pessoas não querem experimentar, correr riscos, revelar suas conjecturas ou hipóteses, preocupadas que estão em munir-se de certezas para rebater pontos de vista adversos. O resultado é que as condições para aprendizagem não são estabelecidas."

O segundo modelo, focado no aprendizado mútuo, volta-se ao "entendimento, colaboração e questionamento das visões e interesses dos participantes envolvidos: um jogo de cartas na mesa, sem mistérios ou intenções ocultas". "Encoraja-se que sejam criadas condições para livre troca de informações, mesmo aquelas mais sensíveis e difíceis, que haja conscientização dos valores em jogo, bem como conscientização das limitações da própria capacidade, que haja comprometimento interno dos participantes quanto às decisões tomadas, comprometimento este baseado em satisfação intrínseca em vez de recompensa ou punição externa. O clima de confiança mútua que se estabelece (...) propicia um relacionamento colaborativo favorável a oportunidades de reflexão", escreve Tânia.

Espaço coletivo
O segundo modelo representa o canal aberto de comunicação para um trabalho coletivo, não hierarquizado. Para que essa proposta possa ser colocada em prática, Schön diz que o professor deve defender suas posições sem deixar de questionar e ouvir a crença dos colegas, justificar como chegou a seu ponto de vista, debatê-lo e, caso se sinta em meio a um problema ou dilema, expressar isso publicamente.

Todo o trabalho do coordenador, portanto, só é possível a partir de um espaço coletivo de debate com os professores. Só a partir dessa interação a figura do coordenador pode exercer a sua principal função, a de formador que promove a reflexão contínua junto aos professores sobre a prática pedagógica. Por isso é importante para os coordenadores compreender que a construção de conhecimento junto aos professores não acontece porque o coordenador ensina o professor como ensinar, e sim porque existe o intercâmbio entre eles. Essa ideia, advinda das teorias do psicólogo russo Lev Vigotski, tomada como base para entender as relações de aprendizagem dentro da escola, é hoje utilizada no estudo do papel do coordenador.

O dia a dia do coordenador
E na prática, o que faz essa figura dentro da escola? Renata Cunha, da Unimep, defende em seu artigo O coordenador pedagógico e suas crençasque um dos desafios é o de articular teoria e prática: "O saber e o fazer reflexivo precisam estar contextualizados, uma vez que a transformação da realidade educacional decorre do confronto entre teoria e prática. Nesse sentido, questiona-se quem seria o profissional responsável por mediar o coletivo docente e articular os momentos de formação. O coordenador pedagógico passa a ser considerado o interlocutor da formação docente na medida em que proporciona a reflexão sobre a prática e a superação das contradições entre o pensar e o agir", avalia.

Renata descreve o coordenador como mediador na escola, aquele que deve promover o diálogo entre gestão, professores, pais e alunos. E enumera algumas de suas atribuições: promover oportunidade de trabalho coletivo para construção permanente da prática docente e revisão do projeto político-pedagógico; acompanhar e avaliar o ensino e o processo de aprendizagem, bem como os resultados do desempenho dos alunos junto aos professores; assumir o trabalho de formação continuada e garantir situações de estudo e de reflexão sobre a prática pedagógica e aprofundamento das teorias da educação; auxiliar o professor na organização de sua rotina de trabalho; colaborar com o professor na organização de seleção de materiais adequados às diferentes situações de ensino e de aprendizagem; apoiar os estudantes e orientar as famílias, entre outras.

Na escola Projeto Vida, na zona norte paulistana, uma das coordenadoras do ensino fundamental 1, Sônia Favaretto, explica como essas funções se traduzem no cotidiano. Ela auxilia, por exemplo, os professores na elaboração de um plano de aulas, incluindo a busca de referências bibliográficas e instrumentos de avaliação. "Além disso, é preciso acompanhar esse plano - pautas de observação em sala devem ser combinadas previamente com os professores, assim como é possível a análise de vídeos com intenção formativa", explica. Uma das práticas de formação da escola é estudar coletivamente um registro de aula feito pelo professor. O coordenador (e em alguns momentos os próprios colegas) lê, formula perguntas, assinala aspectos relevantes e aponta o que falta para que a prática converse com a teoria, buscando fundamentar as atividades propostas. Outra técnica utilizada é a de oferecer um modelo de referência para o professor, pedindo que observe outros colegas dando aula.

Fernanda Liberali, que realiza trabalho de formação de coordenadores em escolas das redes pública e particular de São Paulo, sugere também que a equipe promova simulações de aula - para, por exemplo, aprender a trabalhar com um material novo - , ou que realize fóruns de discussão on-line para debater questões do cotidiano. "Dou muitos cursos sobre como sentar com o professor e discutir uma aula que não tem nada que ver com a proposta da escola, como conversar sobre isso, como ensinar o docente a ver se o realizado bate com o planejado, como o resultado do aluno reflete o planejamento, e como formar com foco em teorias de aprendizagem e linguagem. Às vezes o coordenador sabe disso na prática, mas não sabe explicar e trabalhar isso junto ao professor", afirma.

Sem receita
Existem experiências positivas e negativas, mas não há uma receita para o trabalho da coordenação pedagógica que garanta o sucesso do trabalho. Não é recomendável padronizar métodos e técnicas didáticas para serem usados entre coordenadores e professores, assim como é difícil crer que alunos aprendem e atribuem significado aos conteúdos da mesma forma.

Os repertórios cultural, teórico e de vivências dos docentes devem sempre ser levados em consideração. "Cada professor tem uma trajetória de formação, determinadas preferências, limitações, estilo de comunicação, postura em relação às diversas situações do cotidiano da escola. O coordenador precisa ser sensível às características de cada professor e ajudá-lo a refletir", explica Renata.

A função do coordenador pedagógico tem se consolidado, mas os próprios coordenadores muitas vezes não sabem qual é sua função. É o que diz a pesquisa O papel do coordenador pedagógico (2010), da Fundação Victor Civita, que revela que apenas 9% dos coordenadores entrevistados acreditam que faz parte do seu trabalho realizar um planejamento pedagógico e buscar melhorias para o ensino, aprendizagem e dificuldades dos alunos. Além disso, apenas 60% promovem reuniões com docentes.

Para Neurilene Ribeiro, coordenadora pedagógica regional do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa, ONG que atua em 30 municípios baianos, a diferença entre um coordenador que sabe quais devem ser suas atividades e outro que não sabe com clareza é o comprometimento da escola com o projeto político-pedagógico. Uma escola que tem como objetivo sustentar uma prática pedagógica inovadora deve voltar a coordenação para sua real função, que é a da formação continuada.

"O coordenador deve passar menos tempo produzindo papéis e mais se dedicando ao triângulo professor, aluno e aprendizagem. Se o projeto político pedagógico é mais frágil, o cotidiano do coordenador é menos planejado e se dissolve em resolver problemas do dia a dia", alerta. Dessa forma, a atuação do coordenador tende a ser pontual e descontínua, com pouca sustentação educacional.

Ou seja, ao que parece, existem duas vertentes possíveis para que o trabalho do coordenador se estabeleça: uma é a do "faz-tudo" ou "apaga fogo", caracterizada pelo improviso e pela carência de reflexão educacional; a outra é voltada à formação docente e à construção de um projeto político-pedagógico com planejamento estratégico.

A formação do professor na escola
A formação continuada de professores deve acontecer em vários níveis, não apenas na escola, como defende Renata. Como acontece com profissionais de outras áreas, também os docentes se beneficiam com o alargamento de seu repertório cultural. É importante, também, que o professor se mantenha atualizado e informado inclusive para que os encontros de formação dentro da escola sejam mais produtivos, com mais possibilidade de troca de experiências e conhecimento. "A formação continuada que acontece na escola deve centrar-se naquela realidade e nas necessidades do grupo de professores. É uma formação compartilhada, centrada nas experiências e dilemas enfrentados pelos professores empenhados na superação das dificuldades identificadas", observa Renata, diferenciando a formação continuada na escola daquela feita individualmente.

Sônia Penin, do Departamento de Metodologia de Ensino e Educação Comparada da Faculdade de Educação da USP, observa que a formação dentro da escola é essencial, porque é o único espaço de contextualização do trabalho dos professores. Fora da escola, os problemas são mais genéricos e não fazem parte daquele universo específico. "O coordenador vai focar a formação em uma situação única: naquela escola, naqueles alunos, naqueles índices, naquele cotidiano vivido pela equipe e que deve ser problematizado", pontua. A existência de processos de formação continuada individual é fundamental para que a formação seja potencializada, complementando o processo.   

Saiba mais
  • Formação crítica de educadores: questões fundamentais, de Fernanda Coelho Liberali (Editora Pontes, 97 págs., R$ 25)
  • Educando o profissional reflexivo, de Donald Schön (Editora Artmed, esgotado)
  • O coordenador pedagógico e o espaço da mudança, de Laurinda Ramalho Almeida e Vera Placco (Loyola, 2005) 
  • Formação de professores: pensar e fazer, de Nilda Alves (Cortez, 2006) 
  • Formação do professor como um profissional crítico, de Maria Cecilia C. Magalhães (Mercado de Letras, 2004) 
  • O coordenador pedagógico e a formação docente, de Eliane Bambini Gorgueira Bruno (Loyola, 2008) 
  • Formação e prática do educador e do orientador: confrontos e questionamentos, de Vera Placco (Papirus, 1994) 
  • O coordenador pedagógico e o cotidiano da escola, de Laurinda Ramalho Almeida e Vera Placco (Orgs.) (Loyola, 2003) 
  • O coordenador pedagógico e a educação continuada, de Laurinda Almeida e outros (Loyola, 1998)
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terça-feira, março 22, 2011

BOLSA PARA PROFESSORES DA REDE PÚBLICA VALE SÓ PARA DOIS CURSOS - MATEMÁTICA E BIOLOGIA

Auxílio anunciado pelo MEC está disponível imediatamente apenas para mestrado em matemática e biologia, e a distância

iG São Paulo | 22/03/2011 13:01
nova bolsa de estudos para professores da rede pública de educação básica anunciada na segunda-feira pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, vale imediatamente para apenas dois programas de mestrado profissional. A portaria que cria a Bolsa de Formação Continuada foi publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União e determina que o auxílio seja concedido para docentes matriculados em cursos de educação a distância da Universidade Aberta do Brasil (UAB) – sistema integrado de universidades públicas que oferece cursos de nível superior a distância.
Atualmente existem apenas dois programas de mestrado semi-presenciais na UAB que se encaixam nas exigências da nova bolsa, oMestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), e o Curso de Mestrado Profissional para Professores de Biologia, desenvolvido pelo INMETRO em cooperação com o polo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em Xerém.
O Mestrado Profissional em Matemática já encerrou suas inscrições para o processo seletivo. O exame de acesso foi realizado no mês passado, em 19 de fevereiro, e teve mais de 20 mil inscritos. Os cursos serão oferecidos por 49 instituições ligadas à UAB em 59 polos de atendimento. Segundo a portaria do MEC, o curso de Biologia está com inscrições abertas.
Demais cursos de mestrado profissional, inclusive presenciais, também poderão receber a bolsa, desde que sejam ligados às áreas de ensino da educação básica e reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O Ministério da Educação (MEC) classifica esses casos como “situações específicas do interesse do Estado” e abre precedente para que coordenadorias de cursos que atendam às exigências solicitem à Capes o auxílio para seus alunos-professores.
Características da bolsa
Conforme anunciado ontem por Haddad, os docentes poderão acumular a bolsa com os salários recebidos pelas aulas. Os cursos de mestrado profissional devem ser ligados às áreas de ensino da educação básica. As Bolsas de Formação Continuada serão implantadas sempre no mês de março de cada ano e terão vigência máxima de 24 meses.
Os professores contemplados com a bolsa assinarão um termo de compromisso com a Capes no qual irão se comprometer a continuar trabalhando na rede pública de ensino básico por no mínimo cinco anos, após o término dos estudos. O não cumprimento pelo aluno-bolsista do termo de compromisso implicará na devolução dos valores concedidos pela Capes.
O Ministério da Educação espera que a nova bolsa estimule o aumento da oferta de mestrado para os educadores da rede pública ao criar a demanda pelos cursos.
Bolsas comuns
As bolsas comuns de mestrado, que no caso da Capes pagam R$ 1.200 já são opção de muitos professores por significarem remuneração maior do que o piso de 40 horas semanais que foi reajustado este ano para R$ 1.187. O programa, no entanto, não exigia como contrapartida que o mestre voltasse a dar aula no ensino público.
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Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/bolsa+para+professores+da+rede+publica+vale+so+para+dois+cursos/n1238184803054.html

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