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Fonte: https://www.facebook.com/rubemalvesoficial?fref=photo
SEJA BEM-VINDO!!!
sábado, outubro 18, 2014
quarta-feira, outubro 15, 2014
15/10 - DIA DO PROFESSOR
A todos os professores, colegas de profissão, meus parabéns pela data! Que Deus os abençoe hoje e sempre! Um grande abraço!!!
"Todo mundo tem um professor
guardado em um cantinho no peito. Aquele professor que de alguma forma mudou o
seu destino. Aquele professor que te ensinou a enxergar o mundo como você o vê
agora. Que te inspirou e que em um determinado momento da vida fez
você tomar o caminho que te trouxe até aqui. Todo mundo tem um professor que
foi mais do que um professor. Alguém que muito embora você nunca mais tenha
visto, vez em quando se depara com uma situação no seu dia a dia que faz
lembrar do que ele te ensinou, daquela lição em sala de aula, daquela história
bem contada ou daquele exemplo que você jamais esqueceu. Todo mundo tem um, ou
vários professores, que foram exatamente assim.
Hoje
é um bom dia para se lembrar dessas pessoas que optaram pela profissão mais nobre
dentre todas. Escolheram ser a ponte. Optaram por ser aquele que permite que os
sonhos fiquem ao alcance das mãos.
Essa
é uma homenagem do Dia do Professor para todos os mestres que passaram pela
minha vida, e para todos os meus colegas de profissão. Tenho para mim que
ninguém escolhe ser professor. Alguns de nós nascemos com essa nobre
missão!" - Rafael Magalhães
domingo, agosto 24, 2014
segunda-feira, agosto 18, 2014
18/08: MEU ANIVERSÁRIO... MUITO FELIZ!!!!
Hoje é meu aniversário e um dos meus melhores presentes foi essa linda mensagem que recebi da minha filha, Lays!!! Deus, na sua infinita bondade, me concedeu a dádiva de ser mãe desse ser maravilhoso!!! Obrigada, Senhor!!!!
By Lays Gamboni Moreli |
"Hoje é o dia da pessoa mais Diva que já conheci e tive o prazer de conviver desde menina, e ainda recebi a dádiva de chama-la de mãe! Sempre maquiada, montada no salto e amante da moda! Os anos se passam mas não conseguem tirar de você todo o brilho e glamour que é natural em você. Se alguns dizem que beleza e inteligência não caminham juntas é porque não te conhecem, além de linda e vaidosa é um poço de dedicação quando se trata em busca pelo saber! Você com certeza é o orgulho da nossa família e de todos os amigos que te cercam, porque é impossível não gostar de você, e hoje só tenho a agradecer a Deus pelo dom da sua vida e por ter escolhido tão bem a MINHA MÃE! Te desejo que não lhe falte amor, que lhe sobre saúde, que você tenha sorte, que suas dores sejam breves, que seus pesos sejam leves e que sua vontade de ser feliz seja uma teimosia. Te amo mãe! Feliz aniversário!!!!" (Lays Gamboni Moreli)
sexta-feira, agosto 15, 2014
A CORRUPÇÃO DEGENERA A VIDA EM SOCIEDADE
A corrupção degenera a vida em
sociedade
entrevista
com Marcia Tiburi, publicada na edição 449 (Mundo Jovem), agosto de 2014.
Márcia
Tiburi
Filósofa
e professora na Unisinos e Unilasalle.marcia.tiburi@terra.com.br
O que
enxergamos e o que as mídias apresentam como corrupção provavelmente seja
apenas a ponta do iceberg. Existe algo mais profundo, que está enraizado
em nossa cultura e, sobretudo, no sistema econômico predominante, o
capitalismo, que leva a nos corromper. Para superar este vício, há muito
que ser feito, especialmente através de uma educação para a ética, a
autorreflexão e a sinceridade, que revelem os fatos com a transparência
exigida naquilo que é de todos. São reflexões e caminhos que nos
apontam esta entrevista com a escritora e filósofa Marcia Tiburi.
·
O
que é a corrupção e o que ela ocasiona em uma sociedade?
Em um sentido estrito, a corrupção é um
procedimento de algumas pessoas que, tendo em geral o poder político nas mãos,
ou alguma outra forma de poder que poderia beneficiar a sociedade, decidem
aproveitar-se dele em seu próprio favor. O desvio da verba pública para um fim
privado seria um exemplo evidente. Porém podemos usar o termo corrupção em um
sentido expandido, que parece mais atual em nosso caso brasileiro. No Brasil, a
corrupção tornou-se praticamente um hábito que funciona tanto na esfera privada
quanto na pública. Isso não é de modo algum algo natural. Mas é fruto das
relações na forma como elas estão estabelecidas. Nesse sentido, creio que seja
possível dizer que é a negação do outro, seja o outro como indivíduo, seja o
outro como sociedade em geral, que funda a corrupção. A corrupção é uma prática
em sociedades nas quais está em cena o desprezo pela própria ideia de
sociedade, pela universalidade implicada em ideias como a de humanidade, pelo
"geral", e assim pelo político.
·
Fala-se
muito da corrupção na política, e os meios de comunicação alimentam isso. Mas
estes políticos estão a serviço de quem? Quem corrompe os corruptos?
Ninguém corrompe os corruptos senão eles mesmos. A
corrupção é responsabilidade de cada um. Não podemos colocar a
"culpa" no sistema político, no todo social ou em qualquer
"totalidade" à qual estaríamos submetidos, como no caso de um partido
político. Isso apenas eximiria cada um de sua responsabilidade, que seria
lançada no todo como uma abstração. As pessoas dizem "o poder corrompe"
como se o poder, no momento em que se o possui, não fosse responsabilidade sua.
Só podemos nos responsabilizar pelo poder que temos. A liberdade, por exemplo,
é um poder. O poder de ir e vir, de ser e estar. Só o poder pode nos levar a
irresponsabilidades. Quando o poder de uns é desproporcional aos direitos de
outros, podemos dizer que estamos num cenário autoritário. O autoritarismo pode
favorecer a corrupção porque nele a raiva da coisa pública cresce, e
necessariamente o desejo de burlar alguma regra. É provável, nesse sentido, que
as pessoas pratiquem corrupção de diversos tipos, não porque planejaram algo,
mas porque houve uma ocasião e naquele momento uma lacuna de senso moral surgiu
devorando toda ação ética possível.
·
O
povo em geral e os eleitores também são cúmplices da corrupção, quando não
participam e quando escolhem mal seus representantes?
Não penso que as coisas sejam assim tão diretas. Os
motivos pelos quais as pessoas votam em um ou outro político dependem de muitos
fatores: classe social, econômica, intelectual, ideologias. Ninguém pode ser
condenado por escolher um político em um processo democrático. A omissão, a meu
ver, não é a corrupção. A corrupção é sempre ativa. Alguém poderia se livrar da
corrupção não fazendo alguma coisa. Às vezes devemos "preferir não",
como diz o personagem Bartleby no livro Bartleby, o Escrivão, de Herman
Melville. A corrupção é muito comum entre nós, mas ela não é a totalidade da
vida pública e política. É verdade que ela se tornou uma espécie de nova "moral",
no sentido de hábito e costume, mas ela sempre será o contrário da
"ética". A ética é o contrário da corrupção, e não admite negociação
nesse campo.
·
Fala-se
também que a corrupção está no DNA dos brasileiros, o jeitinho brasileiro. É
isso mesmo?
Esse tipo de teoria que naturaliza e essencializa
um comportamento socialmente construído não nos ajuda. Ela explica pela
natureza e pela essência algo que deveria ser pensado no contexto da sociedade.
O próprio jeitinho brasileiro é uma teoria apenas interessante, que não faz
mais do que manter ligada essa máquina da naturalização capaz de explicar todas
as coisas. Queremos explicação e partimos para esse tipo de teoria. É uma pena,
pois perdemos de vista a análise das relações de poder e dos posicionamentos
éticos que poderiam nos ajudar a encarar de frente o problema.
·
Tu
já escreveste que "o capitalismo é a ordem máxima da corrupção". Por
que afirmas isso?
O sistema econômico e político em que vivemos, ao
qual se deu o nome de capitalismo, significa o privilégio do capital diante de
qualquer outro valor possível. Isso quer dizer que nada mais importa além do
capital. Tudo o que serve ao capital pode ter sentido, mas apenas enquanto
serve a ele. Esta "substancialidade" do capital contra as outras
esferas da vida humana, o resto da experiência possível, é totalmente perigosa
em termos sociais. Por isso, eu estava querendo dizer com esta afirmação que o
capitalismo é um sistema cujo privilégio do econômico destrói a esfera política
e social. A destrutibilidade de tudo aquilo que não serve ao capital implica
que o próprio caráter essencial do capital contém o "germe" da
corrupção.
·
Por
que a corrupção parece um problema sem solução? É a impunidade?
Por um lado, certamente, mas apenas na
exterioridade. No fundo, há a questão ética e ela tem sido pouco colocada.
Creio que até mesmo o atual desinteresse pela ética na ordem da esfera pública
tem relação com isso. Pouco se fala em ética hoje em dia. Ética virou assunto
de especialistas. Ela não vale nada em uma sociedade que afirma que "o
poder corrompe", quando, na verdade, o que corrompe é a falta de ética. E
o que é ética? De modo algum seria a punição pura e simples. Ela é a
autoconstrução de si, que implica a capacidade de conectar em si mesmo o
sentimento de si e da sociedade. A ética é o que constrói a política desde
dentro. A construção de cada um como sujeito social, como cidadão, como ator
político.
·
O
que fazer para que tenhamos uma política e uma sociedade mais honesta/ mais
ética?
De um certo ponto de vista, precisamos de
instituições fortalecidas eticamente. Há muito trabalho das comissões de ética
do governo atuando em diversas esferas pela melhoria do ponto de vista e das
práticas que implicam ética. Na política legislativa e executiva, a coisa fica
complicada, pois se trata da ação por melhorias e mudanças. Mas ética não é só
código de ética, não é só moral a ser seguida. É também autocompreensão de si e
compreensão da sociedade. Penso que uma educação que se voltasse para a ética
nos ajudaria muito neste aspecto.
·
A
Reforma Política, com o financiamento público das campanhas, pode ser uma
alternativa para frear a corrupção?
Certamente, um dos parâmetros éticos que
desarticulam a corrupção é a transparência, a sinceridade, a exposição dos
jogos internos do poder econômico e político. Note como a corrupção precisa
estar escondida para dar certo. Ela deve ser velada para acontecer. Não há
corrupção a céu aberto. Daí a importância da denúncia, seja de que tipo for.
Temos que falar abertamente sobre corrupção como ato cotidiano. Campanhas que
envolvam meios de comunicação e outras instituições, tais como a escola. E um
movimento de "abertura" em torno do tema que alcance pessoas de todas
as idades e profissões seja algo prático a ser feito.
·
Jogar
a responsabilidade para os outros favorece a corrupção?
É uma estratégia. Digamos que eu seja corrupta,
tenha desviado uma verba, favorecido alguém ilicitamente em uma licitação,
aceitado algum tipo de dinheiro em troca de algum tipo de favor ilegal, mas que
ao mesmo tempo deixava uma brecha que favorecia a realização do ato... Se eu
fizer isso e for descoberta, certamente vou buscar uma desculpa dizendo que
"é assim que todo mundo faz". Mas a questão ética está também no que
eu respondo para mim mesmo quando faço a corrupção que faço. Não apenas no que
eu respondo aos outros, mas no que digo para mim mesmo. O problema é, então, o
da relação das pessoas com elas mesmas. Este valor de si mesmo, este valor do
"ser para si" não está em jogo nesta era em que nos ocupamos apenas
com a superfície da vida, ou seja, com a aparência das coisas. A esfera íntima,
privada, autorreflexiva, foi jogada no mar de gelo do espetáculo.
Educar
para a ética e a cidadania
A desvalorização da esfera pública parece ser
um fato cultural generalizado. Mas a cultura é também formação. Isso quer
dizer que ela se cria também pela educação. Creio que o descaso com a
formação, no sentido mesmo de educação, leva ao abandono da esfera
pública. É a nossa formação que nos ensina a valorizar alguma coisa.
Vivemos sob uma espécie de nuvem pesada em nome da qual algo como a
própria ideia de “sociedade” não vale a pena. Então, as pessoas se
voltam para si mesmas. Surge uma moral individualista, em que os
interesses privados são sempre maiores do que os públicos. Tudo o que
é pessoal parece ser antissocial. A aniquilação da esfera pública
significa, neste caso, fim do “político”. A questão seria tentar
reconectar esses territórios, o pessoal e o político, a esfera
privada e a pública, mostrando como são interdependentes.
E a grande pergunta é sempre a pergunta pelo “como”. Mas “como”? Aquilo que está possivelmente sendo feito nas escolas provavelmente seja nada, salvo alguma alternativa pontual que não vem a público. Quer dizer, não sabemos o que fazer e não imaginamos que alguém esteja fazendo algo.
E a grande pergunta é sempre a pergunta pelo “como”. Mas “como”? Aquilo que está possivelmente sendo feito nas escolas provavelmente seja nada, salvo alguma alternativa pontual que não vem a público. Quer dizer, não sabemos o que fazer e não imaginamos que alguém esteja fazendo algo.
Então, o que precisaria ser feito:
campanhas de conscientização, debates, textos de divulgação do tema,
projetos pedagógicos e culturais em torno da ética. É provável que o tema
da ética seja assunto apenas dos professores de Filosofia, mesmo assim é
provável que seja tratado em poucas aulas e na forma de um conteúdo
a ser transmitido. A ética não é um conteúdo, ela é uma reflexão e
uma prática de reflexão que leva a outras ações.
Mais precisamente uma filosofia prática. Como
ensinar filosofia prática? Ensinando a pensar. Como ensinar a pensar?
Conversando, propondo desafios teóricos e práticos, que envolvam
pesquisa e ação, investigação e arte. Há coisas muito práticas a fazer:
praticar a sinceridade, a autorreflexão, a autoformação.
A sinceridade deve ser uma prática ética. As coisas, por mais
dolorosas que possam ser, por mais comprometedoras, devem ser ditas.
Certamente, a principal mediação a esse gesto deve ser o respeito. O
problema é que vivemos numa cultura em que o descaso consigo mesmo e com
o outro é a regra, e o respeito a si e ao outro não encontra sentido.
O problema é que as pessoas esquecem ou nunca conheceram essas
potencialidades. Refiro-me ao autoconhecimento. Talvez isso deva
novamente ser colocado em cena.
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Fonte: Mundo Jovem
15/08/2014: ANIVERSÁRIO DO MEU PAI
domingo, junho 08, 2014
JUIZ NEGA DANO MORAL A ALUNO QUE TEVE O CELULAR TOMADO EM SALA DE AULA
“O professor é o indivíduo vocacionado a tirar outro indivíduo das trevas da ignorância, da escuridão, para as luzes do conhecimento, dignificando-o como pessoa que pensa e existe.”
As palavras acima são do juiz de Direito Eliezer Siqueira de Sousa Junior, da 1ª vara Cível e Criminal de Tobias Barreto/SE, ao julgar improcedente a ação de aluno em face de professor que tomou seu celular em sala de aula.
De acordo com os autos, o docente retirou o aparelho do aluno, que ouvia música com fones de ouvido durante sua aula. O menor, representado por sua mãe, ajuizou ação para pleitear dano moral, para reparar seu “sentimento de impotência, revolta, além de um enorme desgaste físico e emocional”.
Ao analisar o caso, o juiz Eliezer solidarizou-se com a situação dos professores.
“Ensinar era um sacerdócio e uma recompensa. Hoje, parece um carma”.
Afirmou, então, que o aluno descumpriu norma do Conselho Municipal de Educação, que veda a utilização de celular durante o horário de aula, além de desobedecer, reiteradamente, o comando do professor.
Para o magistrado, não houve abalo moral, uma vez que o aluno não utiliza o aparelho para trabalhar, estudar ou qualquer outra atividade.
“Julgar procedente esta demanda é desferir uma bofetada na reserva moral e educacional deste país, privilegiando a alienação e a contra educação, as novelas, os “realitys shows”, a ostentação, o “bullying” intelectivo, o ócio improdutivo, enfim, toda a massa intelectivamente improdutiva que vem assolando os lares do país, fazendo às vezes de educadores, ensinando falsos valores e implodindo a educação brasileira.”
Por fim, o juiz prestou uma homenagens aos docentes.
“No país que virou as costas para a Educação e que faz apologia ao hedonismo inconsequente, através de tantos expedientes alienantes, reverencio o verdadeiro herói nacional, que enfrenta todas as intempéries para exercer seu “múnus” com altivez de caráter e senso sacerdotal: o Professor.”
FONTE: Nação Jurídica
domingo, março 16, 2014
Edição do dia 16/03/2014
16/03/2014 21h57 - Atualizado em 16/03/2014 21h57
Escola pública de cidade do Piauí tem alunos motivados e ótimos resultados
A escola Augustinho Brandão acumula dezenas de medalhas em Olimpíadas de Matemática e Química, e prêmios de astronáutica, astronomia e física.
No Brasil, temos 40 milhões de alunos. Ou seja, um quinto da população está na escola. Somos a sexta maior economia do mundo, mas na educação, estamos em 88º lugar. Os professores ganham mal e os alunos não gostam das aulas. Por que tem que ser assim?
“A gente tem no Brasil uma tendência de arrumar culpado. E quando você vai no fundo, cadê o culpado? O culpado morreu há 30 anos e você está oprimido por aquele culpado. A gente tem que tomar conta do Brasil”, afirma Viviane Mosé, filósofa.
Algumas escolas já começaram a tomar conta do Brasil. O Fantástico pesquisou e encontrou escolas públicas em áreas pobres que possuem uma educação com qualidade de primeiro mundo, com médias melhores que as de escolas particulares e aprovando a maioria dos alunos no vestibular.
“Nós chegamos a ter instantes dentro dessa escola que tínhamos que expulsar os alunos, no bom sentido. Aqui parecia que era o melhor lugar. O menino estudava de manhã, mas ele queria ficar à tarde, queria ficar à noite, queria passar a madrugada estudando, porque aqui ele se sentia bem”, conta Narjara Benício, diretora regional.
A equipe do Fantástico viajou 12 mil quilômetros pelo Brasil, visitou escolas, conversou com pais, alunos, professores, especialistas na área de educação e com pessoas que vieram de escolas públicas.
Na série Educação.doc , viaje com o Fantástico e descubra o segredo dessas escolas públicas de alta qualidade.
O primeiro destino é Cocal dos Alves, no Piauí, uma pequena cidade, de economia rural, em um dos estados mais pobres do Brasil. Lá, a escola Augustinho Brandão já acumula dezenas de medalhas em Olimpíadas de Matemática e Química, e prêmios nacionais de astronáutica, astronomia e física. No Enem, está acima da média nacional.
“Em 2010, a escola aprovou todos os alunos que fizeram o vestibular. Todos”, destaca Aurilene Vieira, diretora.
“Se o pessoal se conscientizasse que a educação pode transformar, ia acontecer uma grande diferenciação. E foi o que aconteceu nesse colégio. Conscientizar tanto alunos quanto professores”, diz Franciele de Brito, aluna.
“Eu ouvi a vida toda que a educação pública é uma educação de péssima qualidade. Cresci ouvindo isso. E eu faço de tudo para mudar essa realidade. Eu acredito na escola pública. Não é possível que não dê certo em um país tão lindo, tão cheio de diversidades culturais, tão rico, não tem por que a educação não dar certo”, afirma Socorro Vieira, professora.
A mudança em Cocal dos Alves começou em 2003, quando a diretora Narjara e um grupo de professores receberam a missão de abrir a primeira escola de ensino médio da cidade.
“Aqui, nesse início de trabalho, vivenciamos as situações mais adversas que o público possa imaginar, de falta de tudo. Mesmo assim o trabalho aconteceu. Quando aconteceu, os apoios, aquilo que já era para estar sendo fomentado naturalmente, aconteceram”, revela Narjara Benício, diretora regional.
Para abrir a escola era necessário que os professores fizessem uma especialização na universidade. E isso foi feito.
“Na tentativa de ingressar os professores na universidade, tivemos nossos primeiros embates políticos. Aconteceu que no primeiro ano, nos esforçamos bastante para que todas as pessoas que ingressassem por Cocal dos Alves, para estar no ensino superior, fossem de Cocal dos Alves. E para isso, eu tive que fazer uma loucura. Porque aí tem: ‘Ah, queria beneficiar o fulano da cidade vizinha, porque é meu parente ou meu colega’. E eu tive meu primeiro embate. Disse: ‘Olha, eu não permito isso’. Se são os recursos de Cocal dos Alves que estão sendo usados, é para beneficiar o pessoal de Cocal dos Alves. E para isso tive que esconder papel timbrado, para não darem nenhuma declaração para as pessoas que não eram de Cocal dos Alves. Queriam fazer uma ‘farrinha’ com as declarações para aproveitar as vagas. Aí, foi minha primeira briga”, lembra a diretora.
Depois que ela conseguiu enfrentar o sistema e formar um grupo de professores de Cocal dos Alves, eles se reuniram e fizeram um pacto para tentar fazer uma escola de qualidade que conseguisse colocar os alunos nas melhores faculdades da capital do estado, Teresina.
“Nosso maior desafio foi fazer os alunos acreditarem nisso. Alunos filhos de pais analfabetos, da roça, que só tinham o que comer, que só dava para o sustento, a roupinha ruim. Então para fazer esses meninos viajarem nesse sonho, de que era possível sem ter dinheiro, sem ter uma roupa boa, ir lá para Teresina, para a capital, estudar lá. Foi necessário o sonho. Acreditar no sonho. Quando a gente conseguiu fazer esse povo acreditar mesmo que era possível estudar fora, se formar e mudar de vida, pronto. O aluno entra na escola Augustinho Brandão e já começa a sonhar: ‘o que eu vou querer ser?’”, afirmou Aurilene Vieira, diretora.
“Eu não vejo uma missão maior para a escola do que compartilhar esse conhecimento para que a pessoa consiga encontrar o lugar dela no mundo. Então, a escola, sim, é a grande mola propulsora que empurra as pessoas para a direção do sonho delas”, destaca Emicida, músico que estudou em escola pública.
Os alunos criaram um jornal que é distribuído por toda a cidade.
“Nós percebemos a necessidade de trazer a notícia para o povo”, diz uma das estudantes que criam o ‘Jornal Social’.
“Não tem nenhum intelectual que pode sentar, por mais genial que seja, e dizer: ‘eu sei a saída para a educação brasileira’. Porque não tem uma saída. São muitas. É assim que eu faço o diagnóstico, não só da educação, mas da sociedade. Tudo está no chão. Algumas coisas muito interessantes começam a brotar de modo novo, corajoso”, afirma Viviane Mosé.
“A escola tem recebido caravanas e caravanas com estudantes e estudiosos da educação para saber o que acontece aqui. Eu digo: ‘não precisa não’. Basta que cada um faça o seu papel e faça isso com engajamento. Seja professor que você quer ser professor e não porque lhe falta opção na vida. Seja gestor porque você quer conduzir aquela escola proporcionando o melhor para o aluno, e não porque você quer fugir de uma sala de aula. Seja sistema porque você tem ideias para contribuir e quebrar os paradigmas que forem necessários.
Então a partir do momento que cada um de nós enquanto sistema, enquanto professores, enquanto pai de aluno focarmos no principal do processo que é o aluno, isso pensando nele enquanto profissional, ser humano, criança, adolescente, respeitando suas peculiaridades, sua faixa etária. Nós pensarmos nisso com valores e não nos moldes que está se perpetuando: ‘cada um por si e deus por todos’”, ressalta Narjara Benício.
“Quando o pessoal cair na real e perceber que não tem outra forma de se ter um futuro melhor sem ser pela educação, aí vai acontecer a grande diferença, a grande melhoria”, destaca Franciele de Brito, aluna.
Algumas escolas já começaram a tomar conta do Brasil. O Fantástico pesquisou e encontrou escolas públicas em áreas pobres que possuem uma educação com qualidade de primeiro mundo, com médias melhores que as de escolas particulares e aprovando a maioria dos alunos no vestibular.
“Nós chegamos a ter instantes dentro dessa escola que tínhamos que expulsar os alunos, no bom sentido. Aqui parecia que era o melhor lugar. O menino estudava de manhã, mas ele queria ficar à tarde, queria ficar à noite, queria passar a madrugada estudando, porque aqui ele se sentia bem”, conta Narjara Benício, diretora regional.
A equipe do Fantástico viajou 12 mil quilômetros pelo Brasil, visitou escolas, conversou com pais, alunos, professores, especialistas na área de educação e com pessoas que vieram de escolas públicas.
Na série Educação.doc , viaje com o Fantástico e descubra o segredo dessas escolas públicas de alta qualidade.
O primeiro destino é Cocal dos Alves, no Piauí, uma pequena cidade, de economia rural, em um dos estados mais pobres do Brasil. Lá, a escola Augustinho Brandão já acumula dezenas de medalhas em Olimpíadas de Matemática e Química, e prêmios nacionais de astronáutica, astronomia e física. No Enem, está acima da média nacional.
“Em 2010, a escola aprovou todos os alunos que fizeram o vestibular. Todos”, destaca Aurilene Vieira, diretora.
“Se o pessoal se conscientizasse que a educação pode transformar, ia acontecer uma grande diferenciação. E foi o que aconteceu nesse colégio. Conscientizar tanto alunos quanto professores”, diz Franciele de Brito, aluna.
“Eu ouvi a vida toda que a educação pública é uma educação de péssima qualidade. Cresci ouvindo isso. E eu faço de tudo para mudar essa realidade. Eu acredito na escola pública. Não é possível que não dê certo em um país tão lindo, tão cheio de diversidades culturais, tão rico, não tem por que a educação não dar certo”, afirma Socorro Vieira, professora.
A mudança em Cocal dos Alves começou em 2003, quando a diretora Narjara e um grupo de professores receberam a missão de abrir a primeira escola de ensino médio da cidade.
“Aqui, nesse início de trabalho, vivenciamos as situações mais adversas que o público possa imaginar, de falta de tudo. Mesmo assim o trabalho aconteceu. Quando aconteceu, os apoios, aquilo que já era para estar sendo fomentado naturalmente, aconteceram”, revela Narjara Benício, diretora regional.
Para abrir a escola era necessário que os professores fizessem uma especialização na universidade. E isso foi feito.
“Na tentativa de ingressar os professores na universidade, tivemos nossos primeiros embates políticos. Aconteceu que no primeiro ano, nos esforçamos bastante para que todas as pessoas que ingressassem por Cocal dos Alves, para estar no ensino superior, fossem de Cocal dos Alves. E para isso, eu tive que fazer uma loucura. Porque aí tem: ‘Ah, queria beneficiar o fulano da cidade vizinha, porque é meu parente ou meu colega’. E eu tive meu primeiro embate. Disse: ‘Olha, eu não permito isso’. Se são os recursos de Cocal dos Alves que estão sendo usados, é para beneficiar o pessoal de Cocal dos Alves. E para isso tive que esconder papel timbrado, para não darem nenhuma declaração para as pessoas que não eram de Cocal dos Alves. Queriam fazer uma ‘farrinha’ com as declarações para aproveitar as vagas. Aí, foi minha primeira briga”, lembra a diretora.
Depois que ela conseguiu enfrentar o sistema e formar um grupo de professores de Cocal dos Alves, eles se reuniram e fizeram um pacto para tentar fazer uma escola de qualidade que conseguisse colocar os alunos nas melhores faculdades da capital do estado, Teresina.
“Nosso maior desafio foi fazer os alunos acreditarem nisso. Alunos filhos de pais analfabetos, da roça, que só tinham o que comer, que só dava para o sustento, a roupinha ruim. Então para fazer esses meninos viajarem nesse sonho, de que era possível sem ter dinheiro, sem ter uma roupa boa, ir lá para Teresina, para a capital, estudar lá. Foi necessário o sonho. Acreditar no sonho. Quando a gente conseguiu fazer esse povo acreditar mesmo que era possível estudar fora, se formar e mudar de vida, pronto. O aluno entra na escola Augustinho Brandão e já começa a sonhar: ‘o que eu vou querer ser?’”, afirmou Aurilene Vieira, diretora.
“Eu não vejo uma missão maior para a escola do que compartilhar esse conhecimento para que a pessoa consiga encontrar o lugar dela no mundo. Então, a escola, sim, é a grande mola propulsora que empurra as pessoas para a direção do sonho delas”, destaca Emicida, músico que estudou em escola pública.
Os alunos criaram um jornal que é distribuído por toda a cidade.
“Nós percebemos a necessidade de trazer a notícia para o povo”, diz uma das estudantes que criam o ‘Jornal Social’.
“Não tem nenhum intelectual que pode sentar, por mais genial que seja, e dizer: ‘eu sei a saída para a educação brasileira’. Porque não tem uma saída. São muitas. É assim que eu faço o diagnóstico, não só da educação, mas da sociedade. Tudo está no chão. Algumas coisas muito interessantes começam a brotar de modo novo, corajoso”, afirma Viviane Mosé.
“A escola tem recebido caravanas e caravanas com estudantes e estudiosos da educação para saber o que acontece aqui. Eu digo: ‘não precisa não’. Basta que cada um faça o seu papel e faça isso com engajamento. Seja professor que você quer ser professor e não porque lhe falta opção na vida. Seja gestor porque você quer conduzir aquela escola proporcionando o melhor para o aluno, e não porque você quer fugir de uma sala de aula. Seja sistema porque você tem ideias para contribuir e quebrar os paradigmas que forem necessários.
Então a partir do momento que cada um de nós enquanto sistema, enquanto professores, enquanto pai de aluno focarmos no principal do processo que é o aluno, isso pensando nele enquanto profissional, ser humano, criança, adolescente, respeitando suas peculiaridades, sua faixa etária. Nós pensarmos nisso com valores e não nos moldes que está se perpetuando: ‘cada um por si e deus por todos’”, ressalta Narjara Benício.
“Quando o pessoal cair na real e perceber que não tem outra forma de se ter um futuro melhor sem ser pela educação, aí vai acontecer a grande diferença, a grande melhoria”, destaca Franciele de Brito, aluna.
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