CONTOS DE MISTÉRIO, TERROR E MEDO
Fazer com que os alunos se familiarizem com gênero;
Ampliar o repertório textual dos alunos.
ACERVO
Livros:
* POE, Edgar Allan. Histórias Extraordinárias. Trad. de Brenno Silveira e outros. São Paulo: Abril Cultural, 1981.
* Resident Evil I;
* Resident Evil II.
* Thriller, Michael Jackson.
ANTES DA LEITURA
É importante que os alunos já tenham contato com o que é Literatura Fantástica. Antes de iniciar essa Sequência Didática, fornecer aos alunos, noções sobre o tema.
Desenvolver uma roda de conversa na sala de aula com o intuito de verificar o que os alunos sabem sobre o tema (conhecimento prévio), bem como suas preferências e experiências – converse sobre filmes, videoclipes, músicas, quadros, que são assustadores. E aborde “o medo”, que às vezes as pessoas sentem destas histórias, pois alguns adolescentes as adoram e outros odeiam este gênero.
Realizar uma dinâmica de grupo na qual os alunos devem escrever em um cartão o seu principal “medo”, sem que os colegas vejam. De forma aleatória, cada um deverá tentar adivinhar o medo do outro. O professor mediará a dinâmica e fará um quadro na lousa anotando os medos de cada um. Ao final, fará um levantamento dos três principais medos dos alunos.
DURANTE A LEITURA
Um dos pontos de dificuldade na leitura é o vocabulário, por isso, é sempre bom pedir que os alunos anotem suas dúvidas no caderno para serem debatidas depois da leitura. Pedir aos alunos para que fiquem atentos aos seguintes pontos:
* Narrador / Foco Narrativo;
* Personagens – protagonista / antagonista;
* Tempo;
* Espaço;
* Enredo;
* Que palavras são desconhecidas? Elas dificultam o entendimento do conto?
DEPOIS DA LEITURA
Depois, em grupos, peça para que eles leiam novamente o conto e anotem sobre os três pontos observados durante a leitura. Em um segundo momento, cada grupo apresentará o que foi discutido para toda a turma. Ao professor cabe dialogar com a turma para que todos os pontos duvidosos sejam esclarecidos.
OUTROS AUTORES DO GÊNERO
2. Charles Dickens;
3. Dino Buzzati.
Observação: Projeto semelhante a este foi desenvolvido pela Profa. Luciana dos Santos Marreto na EE Profa. Maria José Maia de Toledo (Jundiaí-SP.), em 2006, com grande sucesso. É motivo de grande orgulho para mim ter conhecido uma pessoa tão especial como ela. A Profa. Luciana é dessas pessoas que não se pode mensurar - seu valor é inestimável. Felizes aqueles que têm o privilégio de desfrutar da sua companhia, da sua amizade, da sua generosidade...
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A CADEIRA DE BALANÇO
Ilustração: Daiane Cristina Galvão
Silvana, após concluir o seu curso de Letras e enfim se formar em sua profissão de professora, satisfeita segue agora com seus deveres.
Com a sua aprovação em concurso público do Estado, vai para São Paulo para fazer a escolha de seu cargo. Encontra-se diante de uma lista de cidades que ela poderá escolher para dar suas aulas. Diante dessa lista ela lembra de várias coisas que deverão ajudá-la nessa grande decisão: lembra que terá que ficar distante de sua família, que antes de morar em Bebedouro já havia, em sua infância, morado em Jundiaí e que já possuía alguns amigos e parentes por lá e que, sendo assim, não se sentiria tão sozinha como ficaria se escolhesse qualquer outra cidade. Então, como não havia mais nenhuma cidade mais próxima de Bebedouro, mais dentro de sua região, escolheu a cidade de Jundiaí.
E lá estava ela, hospedada em um hotel da cidade. Assim como Silvana, outros professores começaram a chegar de diferentes cidades e vão, a princípio se ajeitando em hotéis, casas de parentes e amigos, pensões, etc.
Silvana conhece três professoras que também ficariam em Jundiaí e tornam-se grandes amigas. Elas ficam aproximadamente um mês, talvez um pouco mais, morando em locais diferentes até que resolveram:
_ Gente! Que tal se nós alugássemos um apartamento e dividíssemos as despesas? Ficaria bem mais em conta e, além disso, nós não iríamos ficar mais sozinhas! Vocês concordam?
Pois, dito e feito! Em poucos dias elas arrumaram tudo e lá estavam, em um novo apartamento, as quatro professoras – Silvana, Simone, Narla e Nerli.
No condomínio em que moravam haviam vários prédios de apartamentos, todos com o mesmo número de andares e elas moravam em um desses prédios, no penúltimo andar.
Todos os dias, três professoras saiam para dar aulas, enquanto Simone, com poucas aulas no período da manhã, ficava no apartamento, às vezes estudando, às vezes limpando, às vezes preparando suas aulas e tudo isso ela gostava de fazer ouvindo música. Mas, para não atrapalhar os moradores dos outros andares, colocava o volume do aparelho de som em um nível bom, que dava para ouvir bem, nem muito alto, nem muito baixo, enfim, um volume médio para não ouvir reclamações dos vizinhos, porém, parece que isso não adiantava.
Constantemente as professoras recebiam reclamações dos vizinhos por conta do volume do rádio, mas elas não davam motivo para isso – o volume do rádio era sempre em um nível apropriado para o lugar, afinal elas sabiam das consequências.
Até que um dia o síndico do condomínio foi ao apartamento das professoras conversar sobre as inúmeras reclamações que os vizinhos faziam. Simone estava sozinha nesse momento e não se encontrava nos seus melhores dias. Escutou tudo o que o síndico tinha para falar, mas depois, disse a ele: “O senhor vai me desculpar, mas desde quando nós nos mudamos para cá, quase todas as noites eu e minhas amigas escutamos móveis sendo arrastados, janelas se abrindo e fechando, e o que parece ser uma cadeira de balanço, sempre balançando, no andar aqui de cima e eu resolvi falar porque sempre os vizinhos estão reclamando de nós e nós nunca reclamamos do que nos atrapalha.”
O síndico escutou calado. Logo que Simone acabou de falar, ele disse: “Simone, você deve estar enganada, pois o apartamento do andar de cima já há dois anos está vazio. A senhora que morava nele morreu e, até então, não foi alugado ou vendido para qualquer outra pessoa.”
Simone não estava acreditando no que estava ouvindo.
E o síndico completou dizendo: “A filha da senhora levou todos os móveis do apartamento e só deixou uma grande cadeira de balanço em que a senhora gostava muito de ficar balançando a maior parte do seu tempo.”
Era inacreditável. Simone se despediu do síndico pedindo-lhe desculpas, recusando o convite para verificar com seus próprios olhos o tal apartamento e falando que iria diminuir o volume do rádio.
Logo as outras professoras chegaram e ficaram sabendo da notícia, a qual deixou-as "de boca aberta" e muito espantadas.
Chegou a noite e, outra vez, os barulhos no apartamento de cima continuaram.
Passado algum tempo, com a chegada do final do ano, as professoras entregaram o apartamento - cada uma seguiria um destino diferente (Silvana continuaria em Jundiaí; Simone passou em um concurso do TRT, abandonou a carreira de professora e foi para Orlândia-SP.; Nerli foi removida para Santa Bárbara D'Oeste-SP. e Narla voltou para sua cidade, Franca-SP.). Antes, porém, ficaram sabendo (não se sabe se é verdade ou apenas boatos), que enquanto a filha trabalhava, durante o dia, uma enfermeira ficava com a senhora, e à noite, a filha ficava com a mãe. Dizem também, que a filha da tal senhora falecida não tinha muita paciência e que, por conta disso, muitas vezes agrediu a mãe.
Se a mãe não morreu em paz não sabemos, mas que tudo isso é um grande mistério, lá isso é!
Fernanda Carolina C. Rodrigues - 7ª série A
A CASA MISTERIOSA
Certo dia estávamos juntas, eu e minhas duas primas, Julia e Maria Eduarda - eu e Julia , tínhamos 13 anos e Maria, 7 e fomos à fazenda, na casa da Julia. Resolvemos ir à uma casa onde a dona havia falecido - era a patroa da fazenda.Chegando lá, ao colocarmos os pés no início da escada, Maria Eduarda disse:
__ Não, não entrem aí!
E nós perguntamos:
__ Por quê? O que tem?
__ Não... nessa casa tem um bicho...
__ Mas que bicho? - disse a Julia.
__ Não entrem...
Nós ficamos sem saber o que fazer e ela sempre nos segurando e não nos deixando entrar.
De repente ela deu um grito e chorando pediu:
__ Vamos embora daqui... agora...
Julia, então, pegou-a no colo e fomos embora. Ao chegarmos na porteira (todas nós chorávamos), Julia virou-se para trás e viu um vulto passando. Maria Eduarda disse:
__ Pronto! Ele foi embora!
__ Quem foi embora, Maria? - disse eu.
__ O bicho!
__ Mas, que bicho? - disse Julia.
Naquela hora ela apertou bem forte a minha mão e a de Julia, e disse:
__ Rezem a oração do Pai Nosso.
Nós começamos a rezar.
__ Julia, Fer, vou rezar de noite e pedir para que o bicho não venha mais aqui. Se ele vier, vai levar todos que estão na casa e eu não quero que ele faça isso.
__ Calma, Maria! Calma! - disse Julia.
Voltamos para a casa de Julia e fomos embora só a noite.
No outro dia perguntei a minha tia Silvana se a Maria tinha rezado e ela me disse que sim, rezado e sonhado a noite toda. Contei tudo a ela sobre o que havia acontecido. Ela disse que Maria Eduarda tinha "costume" de ver o demônio, o capeta. Eu comecei a rir e ela me disse:
__ Não ria, eu já vi e passei muito mal. Fui ao Centro Espírita e a moça de lá disse que ela tem o dom de ver e retirar (se estiver naquele lugar).
Naquela hora meu corpo se arrepiou todo e, então, eu falei para a minha tia:
__ Olha tia, vou rezar muito e pedir tudo de bom para ela, só que agora preciso ir! Tchau... até mais!
__ Tchau! Apareça mais vezes.
__ Depois de 5 anos, todos os espelhos daquela casa se quebraram e todas as noites, à meia-noite, os móveis saiam do lugar. Os cavalos galopavam, os cachorros uivavam, as vacas mugiam e nós escutávamos chicotadas no campo. Um ano depois a filha da patroa, com 58 anos, morreu de repente, à meia-noite, com um cheiro horrível no corpo.
P.S. Essa casa ainda existe há mais de cem anos. A família da Julia ainda mora lá na fazenda. Essa história é verídica, porém, os nomes utilizados são fictícios.
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Em uma noite escura, uma criatura estranha se esquiva sobre os prédios. Era noite de lua cheia. O relógio batia meia-noite quando escutara um uivo assustador e longo.
Um comentário:
Nossaa essa história foii muito legaal!! Adoreii como a D. Silvana contouu! Com um tipo de suspense que da mais medoo ainda.. Valeuu Fessora .. Bjuss =) FeeR *
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