19/03/2010 - 19h32
Apeoesp espera levar cem mil professores para a próxima manifestação, no dia 26
Simone Harnik
Em São Paulo
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo) espera levar 100 mil manifestantes na próxima assembleia geral, que será realizada em 26 de março, no Palácio dos Bandeirantes. De acordo com a presidente do sindicato, Maria Izabel Azevedo Noronha, a expectativa é que o evento tenha mais adesão do que o de hoje (19), uma vez que será na sede do governo do Estado. "A gana de falar para o Serra é muito maior", diz Maria Izabel.
Professores tomaram a pista sentido bairro-centro da rua da Consolação nesta sexta-feira (19) |
Segundo o sindicato, o ato desta sexta-feira (19) teve 70 mil manifestantes presentes e 89% de paralisação da rede. A principal reivindicação dos profissionais é o reajuste de 34,3%, referente a perdas salariais. A polícia militar estimou que o ato teve 8 mil participantes. A secretaria de Educação, por sua vez, minimiza o movimento e afirma que há adesão de uma "pequena minoria".
A manifestação iniciou por volta das 14h no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo). Depois, os participantes se encaminharam, em passeata, para a praça da República, para tentar uma negociação com o secretário da Educação, Paulo Renato Souza. No entanto, não houve contato com o secretário.
Na próxima terça-feira (19), o sindicato irá tentar abrir novamente negociação com a secretaria. "Eu tenho que estar otimista, com esse tanto de gente que está aqui. Eu quero abrir negociações", afirma a presidente do sindicato.
Para secretaria, sindicato "mente"
Em nota distribuída na noite desta sexta (19), a Secretaria de Estado da Educação afirma que "o sindicato mente quando divulga que haveria defasagem salarial de 34%, alegando que nenhum reajuste teria sido concedido desde 2005". A nota enumera reajustes recebidos pelos professores, a saber "36%, no caso de educadores da primeira à quinta séries, e 38,2%, no caso de mestres da quinta à nova séries e no ensino médio".
A Apeoesp também é acusada de "mentir" sobre a falta de negociação com o Estado. Segundo o texto, "a secretaria da Educação jamais se negou a qualquer reunião ou negociação com os sindicatos". E completa: "No ano passado foram feitas várias rodadas de reuniões com todas as entidades do magistério, e em três oportunidades a própria diretoria da Apeoesp foi recebida".
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