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domingo, março 07, 2010

GREVE: PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE SP DECIDEM ENTRAR EM GREVE



05/03/2010 - 17h07
Professores da rede estadual de ensino de SP decidem entrar em greve

Atualizado às 19h05.
ANDRÉ MONTEIRO
da Folha Online

Diversas entidades que representam os professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram paralisar as atividades a partir da próxima segunda-feira (8). A decisão foi anunciada na tarde desta sexta, em assembleia e manifestação realizadas na praça da República, no centro da cidade de São Paulo, em frente à Secretaria Estadual de Educação.
Secretaria da Educação diz que greve é "decisão política"


Segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), cerca de 10 mil professores participam da manifestação, que teve início às 15h. A Polícia Militar, porém, estima em aproximadamente 5.000 o número de manifestantes, segundo o capitão Félix, responsável pelo monitoramento do protesto.

André Monteiro/Folha Online
Professor aposentado, José Domingos Rizzo, 57, pendura holerites em guarda-chuva e forma o que chamou de "árvore da miséria"




Professor aposentado, José Domingos Rizzo, 57, pendura holerites em guarda-chuva e forma o que chamou de "árvore da miséria"

De acordo com os organizadores, a manifestação foi motivada pela proposta, feita pelo governo, de incorporar as gratificações ao salário dos professores. Pelos cálculos do sindicato, com o projeto atual, o reajuste salarial da categoria ficaria em 0,27% para professores até a 4ª série do ensino fundamental, e 0,59% para os professores da 5ª série do ensino fundamental ao ensino médio.
Entretanto, as entidades representativas reivindicam um reajuste salarial de 34,3% para todos os professores. Além da Apeoesp, participaram da manifestação o Udemo (Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo), Apase (Sindicato de Supervisores do Magistério no Estado de São Paulo), CPP (Centro do Professorado Paulista), Afuse (Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação do Estado de São Paulo) e Apampesp (Associação de Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo).
Com a greve, os professores esperam que a gestão José Serra (PSDB) sinta-se pressionada e inicie um processo de negociação para o reajuste dos salários.
A paralisação deve permanecer até a próxima sexta-feira (12), quando ocorre uma nova assembleia para avaliação e definição dos rumos a serem tomados. O local escolhido para o encontro foi o vão do Masp, na avenida Paulista --os organizadores esperam sair de lá em passeata.
Em nota divulgada na noite desta sexta-feira, a Secretaria Estadual da Educação classificou a aprovação da greve como "uma decisão política".
Sobre o reajuste salarial de 34,3%, a secretaria afirma que o Estado já investe 30% do orçamento em educação, e que não há condição econômica para sustentar um "aumento dessa dimensão, o que desorganizaria todos os programas que permitem o funcionamento das mais de 5.000 escolas estaduais".



Danilo Verpa/Folha Imagem
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