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domingo, julho 12, 2009

PROJETO LITERATURA FANTÁSTICA
- PARTE II -


Dando continuidade ao Projeto Literatura Fantástica, exponho abaixo imagens e textos produzidos pelos próprios alunos (EE Domingos Paro - Ibitiuva, distrito de Pitangueiras - SP. -
7ª séries A, B e C).


Renata Fernandes - 7ª série C


O MENINO DO MAL



Em um lugar muito distante, mas muito conhecido pela vizinhança, havia uma casa enorme, que mais parecia um palácio, de tão bonita que era.


A vizinhança de lá, porém, dizia que uma história aterrorizante havia acontecido há uns quinze anos, no entanto, eles não acreditavam muito nessa história. E a casa estava a venda.

Marilene ficou sabendo da venda da casa e resolveu comprá-la. Ela e seu marido, Márcio, foram conversar com os donos e fecharam o negócio – compraram a casa e para lá se mudaram: Marilene, Márcio, seus três filhos - Júlio, de três anos, Luana, de sete anos e Marcos, de nove anos, a mãe e um irmão de Marilene.

Dois meses depois Marilene ficou grávida. Sua família estava muito feliz. Márcio, então, estava tão feliz que começou a pular de alegria.

Com o passar do tempo, Marilene chega ao seu oitavo mês de gravidez. Ela começa a sentir dores muito fortes. Sua bolsa estourou e ela começou a gritar por seu marido:

__ Márcio, Márcio, a minha bolsa estourou...

Márcio sai correndo, só que não havia mais tempo para levar Marilene ao hospital. Ele lembra que morava ali por perto uma parteira e sai para buscá-la.

Ao chegar, chama desesperadamente pela parteira. Ela o atende e ele diz:

__ Vamos até a minha casa, por favor. Minha mulher está para ter um bebê. A bolsa dela estourou...

A parteira sai correndo para a casa de Márcio. Quando ela vê a situação de Marilene, fica preocupada e diz:

__ Vou fazer o possível e o impossível para salvar o seu bebê.
Infelizmente já era tarde. O bebê de Marilene já não respirava. Estava mole, sem vida. A parteira diz:

__ Sinto muito, mas não foi possível salvá-lo.

Marilene, desesperada, com o bebê ali em seus braços, chorando sem parar, começou a gritar.

__ Meu filho tem que se salvar, ele não pode morrer!

Havia na casa em que moravam um espírito mau e ele queria uma pessoa na terra para praticar o mal. Ele resolve salvar o bebê de Marilene e transformá-lo, mais tarde, em um menino do mal.
De repente o bebê de Marilene começa a chorar e a respirar normalmente. Ela começa a gritar:

__ O meu bebê está vivo! É um milagre! Ele está vivo!

Márcio corre em sua direção, emocionado. Abraça Marilene muito feliz por seu filho ter sobrevivido e, por tudo isso, deram-lhe o nome de Salvador.

Nove anos se passaram e foi aí que começaram a ocorrer alguns acontecimentos estranhos na família de Marilene.

Dona Zé estava preparando o jantar quando ouviu Salvador chamar:

__ Vó, vem aqui pra eu te mostrar uma coisa...

__ Onde você está Salvador?

__ Estou aqui em meu quarto...

Dona Zé caminhou até o quarto do menino e, de repente, quando ela abriu a porta, Salvador diz:

__ Vó, olhe para cima!

Quando ela olha para cima, uma flecha cai em sua direção acertando o seu olho. A flecha perfurou o olho e a cabeça e ela acaba morrendo.

Salvador finge estar assustado e começa a gritar.

__ Socorro! Pai, mãe, socorro!

Marilene chega assustada e pergunta:

__ O que aconteceu Salvador?

__ A vó morreu. Ela está sangrando lá no meu quarto... eu entrei para pegar uma roupa e ela estava estirada no chão.

Marilene e Márcio correm para o quarto. Dona Zé, mãe de Marilene, está estirada no chão. Eles começam a chorar e ficam desesperados.

Márcio liga para a funerária para que venham buscar o corpo de sua sogra. Ninguém percebe que Salvador estava rindo.

Depois de dois meses, Salvador apronta novamente e dessa vez é com sua irmã, Luana.

Luana já estava com dezesseis anos e encontrava-se em seu quarto se arrumando para sair com o seu namorado. Ele foi buscá-la para irem à uma festa da escola. Márcio chamou-o para entrar. Salvador aproveita para sair e danificar os freios do carro do namorado de Luana.

Eles saem com o carro. Um caminhão vinha na direção deles. O motorista estava bêbado e não conseguia controlá-lo. O namorado de Luana tenta frear o carro e só aí percebe que os freios não estão funcionando. O caminhão bate no carro. O carro explode. Luana e seu namorado morrem na hora.

Marilene ouvindo o barulho fica muito assustada e sai correndo. Quando ela chega perto do carro, percebe que era o carro em que sua filha estava. Desesperada grita por seu marido e começa a chorar. Ela desmaia. Márcio chega e vê sua esposa estirada no chão. Ele começa a chorar e tenta reanimar sua esposa que não acorda. Os vizinhos tentam ajudar, trazem um copo de água. Márcio molha as mãos e o rosto de Marilene. Ela acorda assustada e pergunta:

__ O que aconteceu com a minha filha?


__ A nossa filha sofreu um acidente de carro, não resistiu e morreu.

Marilene e Márcio se abraçam e começam a chorar. Salvador vai até o carro, arranca os olhos de Luana, vai até Marilene e diz:

__ Mãe, olha o que eu achei!

Marilene pegou os olhos de Luana nas mãos sem se dar conta, porém, quando percebe que se trata de olhos, ela os joga para cima e começa a gritar.

Salvador adorou ver sua mãe sofrendo daquele jeito. Ele ri satisfeito.

O tempo passa e, aproximadamente um ano depois, Salvador apronta de novo, agora com o seu irmão Júlio.

Júlio já estava com treze anos. Salvador entra em sua mente hipnotizando-o e dominando-a. A partir daí Júlio deveria obedecê-lo.

Salvador chamou sua mãe Marilene e diz:

__ Mãe, venha aqui... o Júlio está muito estranho...

__ O que você tem filho?

Júlio estava parado. De repente ele vai até a cozinha, pega uma faca. Salvador começa a comandar os pensamentos de Júlio e ele começa a cortar sua língua, depois os seus dedos. Sua mãe, desesperada vai até ele para tentar tirar a faca de suas mãos. Júlio enfia a faca no coração de sua mãe e depois no seu próprio coração.


Márcio chega do trabalho e vê aquela situação: sua esposa e seu filho, Júlio, jogados no chão, mortos dentro de uma poça de sangue.


Márcio começa a gritar desesperadamente. Sai correndo à procura de Salvador e Marcos.
Marcos estava dormindo, mas Salvador apenas fingia que dormia. Márcio entra no quarto dos filhos, chama-os e pergunta o que aconteceu ali.

Marcos não estava sabendo de nada e pergunta:
__ Por que, pai? Aqui não aconteceu nada, mas onde está a mãe?

Márcio se ajoelha no chão e começa a chorar. Salvador, fingindo não saber de nada, pergunta:

__ O que foi, pai? Por que você está chorando?

__ Sua mãe e seu irmão Júlio...

Marcos diz:

__ Fala pai. O que aconteceu com a mamãe e o Júlio?

Márcio, quase sem voz para responder, diz:

__ Sua mãe e seu irmão estão... estão mortos.

Marcos começa a chorar e a gritar:
__ Não! Não! É mentira sua. Não pode ser verdade...

__ Infelizmente meus filhos, é verdade.

Dias depois Márcio vai a uma vidente e começa a contar tudo o que estava acontecento em sua casa e pergunta:

__ Porque estão morrendo todos da minha família? Primeiro foi minha sogra, depois minha filha e agora minha esposa e meu filho...

A vidente começa a se concentrar e ver algumas coisas, e diz para Márcio:

__ O que eu vou falar para você não é nada bom.


__ Não... pode me dizer... eu tenho que fazer alguma coisa porque eu tenho mais dois filhos e um cunhado...

__ Você se mudou para uma casa muito bonita. Parece um palácio.

__ Sim... mas o que isso tem a ver?

__ Naquela casa em que você vive, há um espírito do mal que vive lá há uns vinte e cinco anos, mais ou menos...

Márcio fica bobo em ouvir aquilo e responde:

__ Ah... mas isso não pode ser não... Esssa coisa de espírito é tudo mentira...

__ Infelizmente é verdade.

__ Mas, não pode ser...

A vidente, então, diz:

__ Quando seu filho Salvador nasceu ele já estava praticamente sem vida. Esse espírito do mal queria uma pessoa que praticasse o mal para ele aqui na terra e, então, ele aproveitou aquela chance e deu vida a Salvador, tomou conta do seu corpo e da sua mente. Essas mortes estão acontecendo porque é Salvador que faz acontecer.

Márcio, sem saber o que pensar, responde:

__ Mas, como isso pode ser verdade?


Márcio começa a se lembrar de tudo que aconteceu, as mortes. Salvador estava sempre por perto. Lembrou-se dele rindo quando ocorreram as mortes, quando ele pegou os olhos de Luana e entregou-os a Marilene. Ele, então, pergunta à vidente:

__ Mas o que eu posso fazer para evitar o pior? Isso tem que parar... caso contrário, Salvador vai acabar matando todo mundo.


__ Para evitar mais mortes, você terá que matar Salvador.

Márcio começa a chorar e diz:

__ Eu não posso fazer isso... ele é meu filho!

__ Se você não fizer isso irá acontecer mais mortes e pelo que eu estou vendo, se você não agir o mais rápido possível, o próximo será seu filho Marcos.

__ O que eu tenho que fazer?

__ Você terá que preparar uma armadilha para Salvador. Deve ser em um local fechado, um porão, por exemplo. Você terá que atrair o Salvador para lá, pegar uma corda, amarrá-lo, colocá-lo no chão, pegar uma cruz e passá-la em Salvador. O espírito que está em Salvador não vai sair, mas vai ficar enfraquecido. Você pegará uma flecha que deverá perfurar o seu coração.

Márcio ouviu tudo com atenção e foi embora. Ele pegou uma cruz, uma corda e foi para o porão de sua casa preparar tudo certinho, como a vidente havia falado. Quando ele vê Salvador, fica muito assustado. Salvador percebe que Márcio está assustado.

__ O que foi pai, aconteceu alguma coisa?


__ Não, não aconteceu nada. Venha até o porão comigo, preciso te mostrar uma coisa.

Salvador, sem entender nada, vai até o porão com o seu pai. Quando ele se distrai e fica de costas, Márcio aproveita para amarrá-lo com a corda e deitá-lo no chão.

Salvador, então, pergunta:

__ O que você está fazendo pai? Você está louco?

__ Você provocou a morte de sua avó, de sua mãe, de seus irmãos...

__ Como você descobriu isso?

__ Isso você jamais saberá. Não interessa. Eu vou ter que te matar.

Salvador tenta sair, mas não consegue. Márcio pega a cruz e começa a passar em Salvador. Quando ele pega a flecha, Salvador diz:

__ Você não pode fazer isso comigo. Você é meu pai.

__ Você não é meu filho. É filho do diabo.

Márcio pega a flecha e perfura o coração de Salvador. Ele começa a se bater no chão até que sai uma voz estranha do corpo de Salvador. Era a voz do diabo:

__ Isso não vai ficar assim. Eu vou me vingar de você.


Márcio, muito assustado, levanta do chão, pega a cruz, apontando-a para Salvador:

__ Vá embora diabo e não volte mais aqui, nunca mais. Não há lugar para você aqui.

O espírito acaba perdendo as forças e vai embora.


No dia seguinte Márico arruma suas coisas e as do filho Marcos e pede para seu cunhado arrumar as suas porque eles iriam sair daquela casa.

Márcio, o filho e o cunhado foram embora daquela cidade e nunca mais se ouviu nada sobre o caso. Márcio estava feliz junto ao filho e nunca mais voltaram para aquela casa.
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MORTES MISTERIOSAS

Renata Fernandes - 7ª série C

Algumas coisas que acontecem são mesmo inexplicáveis.
Há muito tempo, em uma pequena cidade, um boato correu por lá.
Diziam que nessa cidade existia uma casa mal assombrada e que naquele lugar, coisas inexplicáveis aconteciam. Porém, nem todos acreditavam nisso e alguém comprou a tal casa.
Álvaro e Denise eram os novos donos daquela casa. Os dois tinham três filhos: Daniel, Rodrigo e Elena. O que eles não sabiam é que seus problemas estavam apenas começando.
Aconteceu um certo dia de estarem fazendo compras no mercado e uma senhora se aproximar e perguntar a eles:
__ Vocês são novos na cidade?
__ Sim. - respondeu Denise.
__ Em que lugar vocês estão morando?
__ Naquela casa da esquina... aquela grande e bonita! - respondeu Álvaro.
A senhora, séria, olhou para eles e disse:
__ Vocês estão loucos
__ Por quê? - perguntou Denise.
__ Aquela casa é mal assombrada.
__ Não, isso é mentira, essas coisas não existem... - Álvaro sorriu.
A senhora sai e vai embora, porém, ela volta-se para trás e diz a Álvaro e Denise:
__ Depois não digam que vocês não foram avisados.
A senhora vai embora. Álvaro e Denise se olham.
__ Mulher louca. Ela acha que a casa é mal assombrada. - diz Álvaro sorrindo.
Um ano se passa e tudo ia bem até que algo aconteceu. Daniel, o filho mais velho, conhece uma moça e resolve se casar com ela.
Denise, sem entender muito bem, aceita. Daniel se casa com Inês. Três meses após o casamento, Inês engravida e tem uma gestação muito complicada.
Chega o dia do nascimento do bebê. Daniel fica impaciente, louco de vontade de ver seu filho e sua esposa. Na sala de espera, anda de um lado para outro, ansioso. De repente a enfermeira vem com o bebê para que Daniel o veja. Ele fica feliz e emocionado ao ver seu filho.
__ E a minha esposa, como está? - pergunta Daniel à enfermeira.
__ Aguarde um momento que o médico virá falar com o senhor.
Daniel fica preocupado, espera. Depois de meia hora o médico aparece para falar com ele.
__ O estado de sua mulher é grave. Ela entrou em coma e talvez não sobreviva.
Uma semana depois e nada de Inês reagir. É quando, então, chega a notícia de que ela havia falecido.
Daniel fica muito abalado, muito triste. Para ele nada mais fazia sentido. Essa fatalidade o deixou tão triste que nem o próprio filho ele queria ver.
Quinze anos se passam e o pesadelo começa.
Jefferson, filho de Daniel, tornou-se um menino mal e triste. Naquela casa, acontecimentos estranhos começam a acontecer. Coisas que ninguém consegue explicar. Barulhos de correntes, portas que batem, passos pela casa, objetos que caem...
Álvaro e Denise começam a ficar com medo.
__ Vou descer e ver o que está acontecendo. Fique aqui. - Álvaro diz a Denise.
Álvaro desce e começa a andar em direção à sala de onde vinha o barulho. De repente, algo o atinge.
Denise, assustada, fica trancada dentro do quarto e não sai de lá. Ela percebe que já havia passado algum tempo e Álvaro não aparecia. Começa, então, a chamar por ele:
__ Álvaro, onde você está. Eu já posso sair?
Denise, muito nervosa, percebe que estão batendo na porta do quarto. Ela pergunta:
__ Quem está aí? É você Álvaro?
Ninguém responde.
Denise começa a gritar por socorro. Grita e grita mais. Grita tão alto, mas ninguém aparece. Continuam batendo na porta com muita força, até que a porta se abre.
__ Álvaro! Você me deu um susto! Ainda bem que chegou. Eu fiquei assustada! Eu chamava por você e você não respondia...
Denise fica parada quando uma barra de ferro a atinge. Ela é atacada com vários golpes na cabeça.
Elena e Rodrigo chegam da rua e encontram a porta aberta. Percebem que algo estava errado. Seus pais jamais sairiam de casa sem que antes trancassem as portas. Eles ficam preocupados e começam a chamar por seus pais:
__ Pai, mãe... onde vocês estão?
Ninguém responde.
__ Rodrigo, eu vou subir e ver o que está acontecendo. Talvez eles estejam dormindo. - diz Elena.
Elena abre a porta do quarto devagar e seus pais estão deitados.
__ Rodrigo, eles estão aqui, dormindo. - diz Elena.
Elena se aproxima da cama e resolve chamar sua mãe. Nesse momento ela leva uma pancada muito forte na cabeça e cai. São várias as pauladas em suas costas.
Rodrigo grita e chama por Elena:
__ Elena eu vou à casa de Daniel e já volto.
Rodrigo caminha em direção à casa de Daniel quando encontra Jefferson.
__ Oi tio Rodrigo, tudo bem? Eu estava indo para a sua casa agora.
__ Oi Jefferson. Seu pai está lá?
__ Não tio. Ele viajou.
Rodrigo decide voltar para sua casa. Quando chegam, Jefferson e Rodrigo tentam abrir a porta , mas ela está trancada.
__ Estranho. Quando eu sai a porta estava aberta.
Rodrigo pega a sua chave e abre a porta. Algo estranho estava acontecendo. No salão havia várias velas acesas, de todas as cores, pretas, brancas, vermelhas...
__ Jefferson, eu vou subir e você vai pedir ajuda... - Rodrigo sobe a escada correndo.
Jefferson sai correndo pedindo socorro. Encontra uma moça na rua que acabava de chegar do trabalho.
__ Moça, chama a polícia, algo estranho está acontecendo na casa do meu tio... - diz Jefferson.
__ Pode deixar que eu vou agora mesmo chamar a polícia. - diz a moça.
A polícia é avisada. Jefferson volta para casa. A porta estava aberta. Ele entra e pergunta:
__ Tio... onde você está?
Uma voz muito distante diz:
__ Estou aqui em cima. Venha cá!
Jefferson começa a subir a escada. Quando ele chega no alto da escada, alguém, rapidamente, o empurra. Ele desce rolando pelos degraus, batendo a cabeça com muita força e fica caído.
Tudo era um grande mistério. Quem teria atacado Álvaro, Denise, Rodrigo, Elena e Jefferson?
A polícia aparece no local após meia hora. O que os policiais encontram é algo terrível. Todos mortos, exceto Jefferson. Este estava vivo. Seu caso era grave, mas havia chances de sobreviver. O que ninguém sabia ou podia imaginar é quem teria cometido todos esses crimes.
Uma semana se passou. Daniel volta de viagem e fica sabendo tudo o que havia ocorrido em sua ausência e se desespera.
Passam-se três meses. Jefferson fica bem. Daniel começa a investigar o que teria levado à morte de sua família.
Não havia pistas. Nada foi descoberto até que uma nova morte aconteceu. Daniel estava morto.
O assassino que ninguém desconfiava era Jefferson. Ele confessou tudo.
Todos perguntaram o porquê de tudo aquilo. O que o levou a cometer os crimes. Como teve coragem de acabar com sua própria família.
Jefferson responde friamente:
__ Não sei por que fiz isso. Só sei que me vinguei de todos e agora estou feliz.

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Daiane Cristina Galvão - 7ª série A

A CASA


Certa manhã, chuvosa e neblinada, Bruna, que adorava caminhar pela cidade de manhãzinha, ao sol, ouvindo seu MP3, não gostou nenhum pouquinho de ver aquela chuva caindo bem na hora da sua caminhada, que já era uma rotina. A caminhada era uma forma de distrair a cabeça com pensamentos bons e estar em contato com tantas paisagens bonitas daquela cidade maravilhosa.
Sua mãe e seu pai iam trabalhar logo cedo e seu irmão ia para a faculdade. Quando Bruna não ia caminhar, ficava sozinha em casa de manhã, já que aquela garota de quinze anos só iria para a escola à tarde. Bruna estava no segundo ano do Ensino Médio.

Todos os dias ao chegar da escola, ela e suas amigas, Letícia, Carol, Isabela e Betinha, ficavam conversando na calçada da casa de uma das meninas. Às vezes, os meninos, Matheus, Léo, Jeferson, Lucas e Júlio, também vinham e, mais raramente, o Paulo Henrique também aparecia. Era muito divertido, eles ficavam conversando sobre vários assuntos e, como era de costume, sempre alguém contava uma ou algumas histórias de terror, suspense, mistério.

Certo dia, já anoitecendo, Jeferson decidiu contar uma história de terror que, segundo ele, era verdadeira e que havia acontecido com um amigo seu tempos atrás. A história era mais ou menos assim:

"Um grupo de amigos, parecido com o deles, brincavam de bola na pracinha do bairro, quando sem querer, a bola acabou caindo em uma casa que era muito assustadora. Aquela casa passava muito medo a quem a via ou ao menos lembrava ou pensava nela. Era uma casa toda suja, a pintura toda descascada, o jardim com as flores todas secas, com o gramado alto, folhas secas no chão e árvores mortas - não havia sequer uma folha nos galhos, enfim, era "tenebrante".

Diziam que naquela casa, morava um homem com idade avançada, que havia sofrido muito, em vários aspectos e, por esse motivo, resolveu se trancar dentro de casa e viver sozinho: somente ele e suas tristes lembranças que a vida havia lhe trazido. Diziam também que ele conversava com a casa e que a casa conversava com ele. Ela era, praticamente, sua companheira e a única família do velho homem.

Tudo isso, porém, é o que dizem. Se é verdade ou mentira não se sabe. O que se pode afirmar é que se trata de um grande mistério.

Quanto à bola que havia caído na casa, não se sabe o que aconteceu com ela, pois o menino, João, que foi corajoso em se arriscar para pegar a bola que havia caído atrás da casa, voltou, mas sem a bola e sem sua voz. Ele não conseguiu falar nada, nem após voltar da casa nem nunca mais!"

__ Nossa, Jeferson! Isso não pode ser verdade, aliás, nós nem conhecemos esse tal amigo seu e nós conhecemos todos os seus amigos! Pelo que sabemos também, você não tem nenhum amigo com esse nome. - disse Letícia que era a mais corajosa da turma das meninas.

__ Infelizmente Letícia, é tudo verdade, eu mesmo presenciei toda a história. Eu era muito novo, tinha por volta de seis ou sete anos de idade. - respondeu Jeferson.

__ Mas, então, por que não conhecemos esse tal de João? - perguntou Isabela.

__ É que com todos esses acontecimentos, João, juntamente com sua família, deixou amigos, escola e até a vizinhança para se mudar para outra cidade, próxima daqui.

__ Mas, por que ele se mudou? - perguntou Leonardo, ou como era chamado pelos amigos, Léo.

__ Nessa cidade, para onde ele se mudou, existem clínicas muito famosas, especializadas no caso de João. Seus pais vão pagar um tratamento de extremo avanço da medicina, para que João possa voltar a falar.

__ Mas, o que importa agora é que já está tarde e eu tenho que me recolher para amanhã bem cedo quando eu acordar, poder ir caminhar. Hoje de manhã estava chovendo e eu não fui, infelizmente. Letícia, quer ir caminhar comigo amanhã? - perguntou Bruna.

__ Claro que sim! - respondeu Letícia, com bastante entusiasmo.

__ Que bom. E você Paulo, quer ir com a gente? - perguntou Bruna.

__ Sim, eu aceito ir com vocês duas. - respondeu Paulo Henrique. - Com prazer.

__ Então a gente se vê amanhã às sete horas, aqui mesmo na minha casa para irmos caminhar. Certo? - disse Bruna.

__ Certo! - responderam Letícia e Paulo Henrique.

No outro dia, lá estavam, Letícia e Paulo Henrique, para caminhar com Bruna. Mas, naquele dia, Bruna mudou seu trajeto, passando em frente a uma casa, assustadora, com as mesmas características da casa da história que Jeferson havia contado no dia anterior. Letícia, que já havia caminhado com Bruna, perguntou:

__ Bruna, você nunca passa por aqui durante a caminhada. Por que essa mudança de trajeto agora?

__ Já está na hora de contar pra vocês até onde eu quero chegar com tudo isso, não é?

__ É, já está na hora de abrir o jogo com a gente. - respondeu Paulo.

__ Bem... eu não demonstrei, mas fiquei chocada e curiosa com a história que Jeferson contou pra gente ontem e, como ninguém perguntou nada sobre onde ficava essa tal casa, antes de ir dormir, eu liguei para o Jeferson e ele me explicou com detalhes em que lugar se encontrava a casa. Foi daí que chegamos até aqui e eu quero desvendar esse mistério que assombou esse pobre garoto, o João... Como vocês são os mais corajosos da turma, vão me ajurdar a entrar nessa casa, não vão?

__ Ai... Bruna, não sei não. - disse Letícia.

__ Acho que nós vamos nos meter numa grande enrascada! - exclamou Paulo.

__ Gente... confiem em mim, vai dar tudo certo. - afirmou Bruna.

__ E lá foram eles, os três, na tentativa de desvendar o mistério da casa.

Vocês querem saber o fim desse mistério?

Bem... eu também quero. Pois desta vez não foi só a voz das crianças que sumiu, foram elas, por inteiro. Bruna nunca mais fez sua caminhada, nem sozinha, nem com Letícia, Paulo ou qualquer outro amigo, pois os três desapareceram misteriosamente.

Desde então nunca mais ninguém se arriscou a entrar naquela casa ou pisar naquele gramado.

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