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Vasculhando minhas antigas agendas em busca de um número de telefone, me deparei com essa mensagem. Linda mensagem enviada por uma querida amiga (mais que amiga, uma irmãzinha - Narla!). Nos conhecemos em 2005. Passávamos pela mesma situação: estávamos em Jundiaí para assumirmos nosso cargo de professora na rede estadual de ensino. Fomos morar juntas, no mesmo apartamento: eu, Narla, Nerli e Simone (todas no mesmo barco!).
Vivemos muitas coisas juntas. Muitas alegrias, tristezas, angústias, ansiedades, certezas e incertezas, momentos de felicidade, momentos de desespero, de vontade de desistir, momentos de saudade intensa da família... E, tudo isso nos unia ainda mais. Éramos quatro guerreiras lutando para sobreviver à distância, ao sistema - aos problemas da educação. Sobrevivemos. E hoje, já não mais em Jundiaí, seguimos caminhos diferentes, mas ficou o mais importante: a nossa amizade.
Nerli, morava em Irapurú em 2005, mas sua família mudou-se para Santa Bárbara D'Oeste quando para lá ela foi removida. Simone deixou a Secretaria da Educação no final de 2005 - passou em um concurso do TRT e mudou-se para Orlândia-SP. Hoje está casada e reside em São Paulo, onde também cursa Direito. Narla está em Franca, feliz com os dois "filhotes": Layla e Rafael. Eu estou em Ibitiúva (por meio do Art. 22), distrito de Pitangueiras-SP, cidade próxima a Bebedouro-SP., onde resido, no entanto, minha sede continua em Jundiaí-SP (EE Profa. Maria José Maia de Toledo - Jardim São Camilo).
Assim, ficaram as lembranças. Inesquecíveis "cafés com conversa" - terapia formidável inventada por nós e os resultados puderam ser comprovados (Freud ficaria surpreso!). Descobrimos que "dividir é somar" (algum matemático se arrisca a explicar essa fórmula?). Descobrimos que a comunicação não precisa da Língua Portuguesa - muitas vezes precisa apenas de um olhar, um abraço, um sorriso e uma lágrima... Descobrimos que vale a pena investir naquilo que se acredita. Apostar no sonho (por mais impossível que ele possa parecer).
Eu me sentia muito frágil e via nas minhas amigas o apoio que eu precisava para seguir em frente, não esmorecer.
Talvez a Narla não se lembre mais dessa mensagem (A lição da borboleta) que ela me enviou em 29/06/2005, mas ela marcou a minha vida!
A LIÇÃO DA BORBOLETA
Um homem viu surgir uma pequena abertura num casulo. Sentou-se perto do local onde o casulo se apoiava e ficou a observar o que iria acontecer. Como é que a lagarta conseguiria sair por um orifício tão miúdo? Mas logo lhe pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso, como se tivesse feito todo o esforço possível e agora não conseguisse prosseguir.
Ele resolveu então ajudá-la, pegou uma tesoura e rompeu o restante do casulo. A borboleta saiu toda feliz, mas o seu corpo estava murcho, além disso era pequena e tinhas as asas amassadas.
O homem continuou a observá-la porque a qualquer momento as asas delas se abririam e se estenderiam para serem capazes de suportar o corpo que iria se formar. Nada aconteceu. Na verdade a borboleta passou o restante de sua vida rastejando com um corpo murcho e as asas encolhidas. Nunca foi capaz de voar.
O que o homem em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para sair através da pequena abertura eram o modo pelo qual Deus fazia com que o fluído do corpo daquele pequeno inseto circulasse até suas asas para que elas ficassem prontas para voar assim que se livrassem daquele invólucro.
Algumas vezes o esforço é justamente aquilo que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através da existência sem qualquer obstáculo, ele nos condenaria a uma vida atrofiada. Não iríamos ser tão forte como poderíamos ter sido. Nunca poderíamos alçar voo.
Silvana
Um abraço da amiga
Narla
Jundiaí, 29/06/05.
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(desconheço o autor)
Narla,
Obrigada por sua amizade, por seu carinho... que Deus a abençoe sempre!
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