Alfabeto Braile – as partes pretas são em alto relevo
para que o deficiente visual as identifique
para que o deficiente visual as identifique
O olho é o órgão responsável pela visão. Através dele podemos enxergar todas as coisas, ler, costurar, dirigir, assistir televisão, enfim, observar o mundo como ele é.
A visão é um dos cinco sentidos do corpo humano, mas também é um sentido presente nos animais.
Porém, a visão não é perfeita para algumas pessoas. Existem problemas como miopia, hipermetropia, astigmatismo, presbiopia dentre outros, que tornam o ato de enxergar imperfeito.
Além desses problemas existem as pessoas que sofrem com a perda da visão, ficando com uma visão subliminar, outras apresentam o problema desde o nascimento.
Doenças como a rubéola podem causar problemas de visão nos bebês, caso a mãe seja contaminada no período de gestação.
Existem também aqueles que são totalmente desprovidos de visão, os deficientes visuais ou cegos.
Em razão desses problemas, foi criado um dia para essas pessoas, o dia 13 de dezembro, pelo presidente Jânio Quadros, que queria homenagear José Álvares de Azevedo, após este ter introduzido a leitura braile no Brasil.
O jovem aprendeu esse método de leitura na França, onde havia estudado.
No Brasil já existia o Imperial Instituto dos Jovens Cegos, que se localizava no Rio de Janeiro, criado por D. Pedro II. Hoje essa escola é mais conhecida como Instituto Benjamim Constant.
Mas a data também é conhecida como o dia de santa Luzia, protetora da visão.
A história da santa relata que a mesma fugiu de casa para não se casar com um homem que não gostava, pois na época os casamentos eram arranjados pelas famílias.
O noivo de Luzia, revoltado, perseguiu a moça, entregando-a para as autoridades que a torturou, tendo os olhos arrancados. Porém, um milagre fez com que a moça recuperasse a visão, antes de sua morte, quando foi decapitada.
Por esse motivo, tornou-se a santa protetora das pessoas com problemas de visão.
Muitos anos se passaram e poucas coisas se modificaram para os deficientes visuais. O mundo não é adaptado para os mesmos, que são privados de várias coisas.
Para termos noção do quanto a vida dos cegos é difícil, basta pensarmos sobre as coisas que fazemos em nosso dia a dia. Ao entrar em um elevador, muitos deles não possuem a linguagem em braile, feita com pontinhos que simbolizam as letras e os números. Como um cego pode andar em um elevador sem pedir auxílio? Os produtos vendidos nos supermercados também não trazem essa leitura, impedindo que o deficiente visual identifique-os. Dessa forma, é muito difícil que uma pessoa cega faça compras sozinha, sem depender de alguém para lhe ajudar.
Mesmo com os recursos tecnológicos, ainda são grandes as dificuldades que eles sofrem. As escolas não são preparadas para trabalhar com alunos que apresentam problemas sérios de visão, muitos professores não tem formação adequada para desenvolver um bom trabalho, ficando os alunos a mercê das entidades especializadas.
Nem sempre esses programas podem ser feitos de forma gratuita, dificultando muito a vida dessas pessoas.
Ouvimos falar muito sobre a inclusão social, mas os deficientes visuais têm suas vidas privadas de muitas coisas que outras pessoas não sofrem. Precisamos repensar nossas atitudes e nossos valores quanto às diferenças físicas, pois todos merecem viver com dignidade, sendo tratados da mesma forma, tendo as mesmas oportunidades. Pense Nisso!
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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