Ampliar educação integral aumentaria ainda mais o Ideb
“As escolas de educação integral permitem que os alunos tenham um desenvolvimento global envolvendo temas além das disciplinas tradicionais, como música, pintura e esportes“, avalia Ronca. “A tendência é que os municípios que implantam esse modelo tenham índices bons, como Apucarana, Belo Horizonte, Palmas e Sorocaba”.
O Ideb municipal de 2009, divulgado nesta segunda-feira (5/7), aponta que os municípios ultrapassaram média nacional, que é de 4,6 em uma escala de zero a 10. Apucarana (PR) registrou Ideb da rede municipal igual a 6, Sorocaba (SP) 6,2 e Palmas (TO) e Belo Horizonte (MG) 5,6. Já nas séries finais do ensino fundamental o quadro só não se repete em Belo Horizonte, que apresentou Ideb de 3,8 enquanto a média nacional ficou em 4. Apucarana alcançou 4,2, Sorocaba, 5,2 e Palmas, 5.
De 2008 a 2010, o número de escolas que aderiram ao Programa Mais Educação – que busca ampliar o tempo e o espaço educacional dos alunos da rede pública – foi de 1.378 para 10.050 - um crescimento de 630% -, abrangendo 3 milhões de alunos. “O país está melhorando, mas ainda assim o ritmo é lento”, avalia Ronca.
Crescimento
Os resultados de 2009 do Ideb foram divulgados na última quinta-feira (1/7) e apontaram um aumento em todas as etapas da educação básica. Nos anos iniciais do ensino fundamental, o Ideb passou de 4,2 em 2007 para 4,6. Nas séries finais o índice que era de 3,8 foi para 4,0, ambos antecipando a meta prevista para 2011.
Entre os fatores que contribuíram para o crescimento, segundo Ronca, está a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), criação do nono ano no ensino fundamental e programas de formação de professores.
Ele adverte, porém, que um avanço mais acelerado requer fortalecimento de programas de universalização da educação, valorização dos professores e atendimento a municípios pobres. “Quase 1.400 cidades não têm sistema municipal de ensino nem Conselho de Educação. Nesse quadro, um regime de colaboração, em um Sistema Nacional Articulado, ajudaria”.
Ensino Médio
O ensino médio avança mais devagar que o fundamental, tendo registrado um crescimento de apenas 0,1 entre 2007 e 2009. No primeiro ano da análise, o Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) era de 3,5 e passou para 3,6.
“A taxa de permanência é muito baixa no ensino médio e vai se agravando nos últimos anos de estudo. Isso porque existe um forte apelo do trabalho e uma estrutura curricular defasada”, avalia Ronca.
Metas
Tendo em vista que o Ideb de 2009 alcançou as resultados previstos para 2011, o Conselho Nacional de Educação sugere antecipar as metas de fixadas para os próximos anos. “O ritmo de crescimento está lento. Podemos acelerá-lo com a antecipação das metas”, avalia Ronca.
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