10 de janeiro de 2011
ESTADO NÃO SE PREOCUPOU EM TER DOCENTE MOTIVADO
Novo secretário da Educação de São Paulo afirma que professores estão sem motivação devido a baixos salários, carreira profissional ruim e falta de diálogo
FÁBIO TAKAHASHI, de São Paulo
Dois dias após assumir a Secretaria da Educação de SP, o ex-reitor da Unesp Herman Voorwald, 55, já tem uma avaliação da rede: os professores estão desmotivados e com salários baixos.
Indicado pelo governador Alckmin, cujo partido, o PSDB, está há 20 anos no comando de SP, Voorwald afirma que o Estado não se preocupou em aumentar o comprometimento dos servidores. Mas ele, que não é filiado a partido político, diz não saber o porquê dessa situação.
A prioridade agora, afirma, é "resgatar a dignidade" dos professores, por meio de diálogo, aumento salarial e uma nova carreira -os recursos para isso, porém, ainda não estão garantidos.
Em sua primeira entrevista exclusiva, concedida à Folha na sexta-feira, o novo titular da gestão Alckmin (PSDB) sinalizou que deverá alterar o exame implementado pelo governo Serra (PSDB) que concede reajuste salarial aos professores mais bem-classificados em uma prova.
O problema, diz, é que no máximo 20% dos docentes podem receber o reajuste -ainda que parcela maior tenha atingido a nota mínima fixada. Essa e outras constatações surgiram após reuniões do secretário com os seis sindicatos da categoria.
Engenheiro com carreira na Unesp, Voorwald (lê-se Vuervald) afirma que ainda não conhece as Escolas estaduais. Abaixo, a entrevista em que analisa a situação da maior rede de ensino do país.
FOLHA - Qual sua avaliação inicial da rede?
Herman Voorwald - A informação que tive das entidades é que há muito pouco contato [da administração] com a rede. Se o objetivo é dar o melhor aprendizado ao aluno, a pessoa que dá o aprendizado precisa se manifestar sobre as atividades que fará na aula.
Alguma preocupação se destacou nas conversas?
Já tinha isso comigo: a qualidade de ensino está relacionada ao comprometimento das pessoas. Nas universidades estaduais paulista ocorreu isso. Em 1989, quando conseguiram autonomia, sempre priorizaram recursos humanos, para assegurar um quadro de servidores que garantisse qualidade institucional. Não sinto o mesmo na Educação fundamental e média. Honestamente, em uma semana que estou aqui, não sinto que a preocupação seja ter um quadro comprometido. Pretendo resgatar a dignidade dos professores, o que passa por salário e carreiras dignos. Se conseguir dar um passo nesse sentido, acho que trarei algo novo.
Outro fator importante é o diálogo. As pessoas reclamam que a rede não consegue se manifestar. Eles colocaram isso de uma forma muito clara na progressão continuada. A fala foi que o sistema foi gestado na administração e imposto, de cima para baixo. As entidades são unânimes na defesa da progressão, mas não no modelo de hoje. A solução é avaliar se o conteúdo foi absorvido. Em não sendo, precisamos encontrar maneira de recuperar o conteúdo -foi o que faltou.
Como o sr. analisa a situação dos professores temporários?
Temos cerca de 30 mil temporários [sem estabilidade]. A proposta é que até 2013 cheguemos a 10 mil. Tenho claro que deve haver uma carreira. Num processo que você não tem correção linear do salário ao longo dos anos, aqueles que não tiverem compensação [por meio de exame] ficam desestimulados.
Como o sr. avalia a rede, em termos de infraestrutura, de organização pedagógica?
Ainda não conheço as Escolas. Vamos fazer um diagnóstico, objetivando que a infraestrutura seja a ideal.
De qualquer forma, tive um sentimento da rede de absoluto desconforto de como a administração entende o processo de Educação. O sentimento é muito ruim. Senti uma desmotivação, uma leitura de desconsideração do papel do professor.
Há o sentimento que o Estado não tem preocupação em formar bem os jovens. Esse sentimento não é bom.
A fala foi geral, e a sinalização foi o quanto se paga para um professor que ingressa [R$ 1.835, para jornada de 40 horas semanais]. Como você quer ter alguém comprometido, formado em boa universidade?
Qual é o salário adequado?
É difícil dizer. A fala aqui foi que deveria ser aumentado, o que eu concordo.
Então está definido que haverá aumento?
Não conversei com o governador sobre isso. Mas ele já colocou que Educação é sua prioridade.
O PSDB está há quase 20 anos no poder. O que levou a esse quadro de desestímulo que o senhor aponta?
Não sei dizer se foram apenas implicações econômicas ou de prioridade. Sei que minha prioridade é que recursos humanos serão o diferencial. Os programas da secretaria são bons, a gestão é boa, o material é bom.
Podemos fazer reformas de prédios, se necessário. Tudo isso é administrável. O que não se consegue administrar matematicamente é o sentimento daquele que ministra dentro da sala de aula.
O sr. já estabeleceu metas de melhoria no ensino?
Não pensei quantitativamente. Apesar de ser engenheiro, não tenho olhar só para tabelas. Sei que número você trabalha como quiser. Mas tenho a leitura que um trabalho muito forte precisa ser feito no ensino médio, que está enfrentando os piores indicadores. Sem isso, você não terá ensino superior de qualidade, e o menino não vai ingressar no mercado.
A proposta, que já vinha sendo discutida, é integrar o ensino médio com o profissional. Permitir, por meio de convênios, que o menino complete sua formação com disciplinas técnicas, para habilitá-lo para o mercado de trabalho. Ele já sairia com uma habilitação, como técnico em mecânica ou eletrônica. Claro que o aluno não será obrigado a fazer isso. Em outra vertente, ele pode ter disciplinas gerais para o mercado de trabalho dentro do currículo do ensino médio. E as universidades podem oferecer cursinho para os que decidirem não ir para habilitações técnicas.
O sr. manterá a política de pagamento aos professores com base no desempenho?
O mérito tem de estar presente numa discussão de carreira. O que eu entendo é que, se é para avaliar o mérito, a regra precisa estar clara e as pessoas que atingiram o mérito devem ter o resultado.
As falas foram que isso não ocorreu. Uma quantidade atingiu a nota mínima, mas só uma porcentagem obteve o resultado financeiro. E aqueles que também atingiram e não ganharam?
O deputado Gabriel Chalita (PSB) teve influência na escolha do seu nome?
Conheço o deputado Chalita não com profundidade. Tenho respeito por ele, mas não há nenhuma ligação que possa levar à conclusão que houve ligação da parte dele. Não tenho essa informação.
O sr. conhece alguém que tenha filho em Escola estadual?
Meus filhos são mais velhos. Minha família mora na Holanda. Meus parentes aqui são os da minha esposa, nenhum em idade Escolar. Fiz o antigo primário, colegial, em Escola pública. Claro, era uma outra época. Não teria dificuldade em colocar meu filho em uma Escola pública. O que temos de buscar é a qualidade. O Estado teve uma política de expansão violenta. Agora precisa de uma política de qualidade, outra etapa da história.
Dois dias após assumir a Secretaria da Educação de SP, o ex-reitor da Unesp Herman Voorwald, 55, já tem uma avaliação da rede: os professores estão desmotivados e com salários baixos.
Indicado pelo governador Alckmin, cujo partido, o PSDB, está há 20 anos no comando de SP, Voorwald afirma que o Estado não se preocupou em aumentar o comprometimento dos servidores. Mas ele, que não é filiado a partido político, diz não saber o porquê dessa situação.
A prioridade agora, afirma, é "resgatar a dignidade" dos professores, por meio de diálogo, aumento salarial e uma nova carreira -os recursos para isso, porém, ainda não estão garantidos.
Em sua primeira entrevista exclusiva, concedida à Folha na sexta-feira, o novo titular da gestão Alckmin (PSDB) sinalizou que deverá alterar o exame implementado pelo governo Serra (PSDB) que concede reajuste salarial aos professores mais bem-classificados em uma prova.
O problema, diz, é que no máximo 20% dos docentes podem receber o reajuste -ainda que parcela maior tenha atingido a nota mínima fixada. Essa e outras constatações surgiram após reuniões do secretário com os seis sindicatos da categoria.
Engenheiro com carreira na Unesp, Voorwald (lê-se Vuervald) afirma que ainda não conhece as Escolas estaduais. Abaixo, a entrevista em que analisa a situação da maior rede de ensino do país.
FOLHA - Qual sua avaliação inicial da rede?
Herman Voorwald - A informação que tive das entidades é que há muito pouco contato [da administração] com a rede. Se o objetivo é dar o melhor aprendizado ao aluno, a pessoa que dá o aprendizado precisa se manifestar sobre as atividades que fará na aula.
Alguma preocupação se destacou nas conversas?
Já tinha isso comigo: a qualidade de ensino está relacionada ao comprometimento das pessoas. Nas universidades estaduais paulista ocorreu isso. Em 1989, quando conseguiram autonomia, sempre priorizaram recursos humanos, para assegurar um quadro de servidores que garantisse qualidade institucional. Não sinto o mesmo na Educação fundamental e média. Honestamente, em uma semana que estou aqui, não sinto que a preocupação seja ter um quadro comprometido. Pretendo resgatar a dignidade dos professores, o que passa por salário e carreiras dignos. Se conseguir dar um passo nesse sentido, acho que trarei algo novo.
Outro fator importante é o diálogo. As pessoas reclamam que a rede não consegue se manifestar. Eles colocaram isso de uma forma muito clara na progressão continuada. A fala foi que o sistema foi gestado na administração e imposto, de cima para baixo. As entidades são unânimes na defesa da progressão, mas não no modelo de hoje. A solução é avaliar se o conteúdo foi absorvido. Em não sendo, precisamos encontrar maneira de recuperar o conteúdo -foi o que faltou.
Como o sr. analisa a situação dos professores temporários?
Temos cerca de 30 mil temporários [sem estabilidade]. A proposta é que até 2013 cheguemos a 10 mil. Tenho claro que deve haver uma carreira. Num processo que você não tem correção linear do salário ao longo dos anos, aqueles que não tiverem compensação [por meio de exame] ficam desestimulados.
Como o sr. avalia a rede, em termos de infraestrutura, de organização pedagógica?
Ainda não conheço as Escolas. Vamos fazer um diagnóstico, objetivando que a infraestrutura seja a ideal.
De qualquer forma, tive um sentimento da rede de absoluto desconforto de como a administração entende o processo de Educação. O sentimento é muito ruim. Senti uma desmotivação, uma leitura de desconsideração do papel do professor.
Há o sentimento que o Estado não tem preocupação em formar bem os jovens. Esse sentimento não é bom.
A fala foi geral, e a sinalização foi o quanto se paga para um professor que ingressa [R$ 1.835, para jornada de 40 horas semanais]. Como você quer ter alguém comprometido, formado em boa universidade?
Qual é o salário adequado?
É difícil dizer. A fala aqui foi que deveria ser aumentado, o que eu concordo.
Então está definido que haverá aumento?
Não conversei com o governador sobre isso. Mas ele já colocou que Educação é sua prioridade.
O PSDB está há quase 20 anos no poder. O que levou a esse quadro de desestímulo que o senhor aponta?
Não sei dizer se foram apenas implicações econômicas ou de prioridade. Sei que minha prioridade é que recursos humanos serão o diferencial. Os programas da secretaria são bons, a gestão é boa, o material é bom.
Podemos fazer reformas de prédios, se necessário. Tudo isso é administrável. O que não se consegue administrar matematicamente é o sentimento daquele que ministra dentro da sala de aula.
O sr. já estabeleceu metas de melhoria no ensino?
Não pensei quantitativamente. Apesar de ser engenheiro, não tenho olhar só para tabelas. Sei que número você trabalha como quiser. Mas tenho a leitura que um trabalho muito forte precisa ser feito no ensino médio, que está enfrentando os piores indicadores. Sem isso, você não terá ensino superior de qualidade, e o menino não vai ingressar no mercado.
A proposta, que já vinha sendo discutida, é integrar o ensino médio com o profissional. Permitir, por meio de convênios, que o menino complete sua formação com disciplinas técnicas, para habilitá-lo para o mercado de trabalho. Ele já sairia com uma habilitação, como técnico em mecânica ou eletrônica. Claro que o aluno não será obrigado a fazer isso. Em outra vertente, ele pode ter disciplinas gerais para o mercado de trabalho dentro do currículo do ensino médio. E as universidades podem oferecer cursinho para os que decidirem não ir para habilitações técnicas.
O sr. manterá a política de pagamento aos professores com base no desempenho?
O mérito tem de estar presente numa discussão de carreira. O que eu entendo é que, se é para avaliar o mérito, a regra precisa estar clara e as pessoas que atingiram o mérito devem ter o resultado.
As falas foram que isso não ocorreu. Uma quantidade atingiu a nota mínima, mas só uma porcentagem obteve o resultado financeiro. E aqueles que também atingiram e não ganharam?
O deputado Gabriel Chalita (PSB) teve influência na escolha do seu nome?
Conheço o deputado Chalita não com profundidade. Tenho respeito por ele, mas não há nenhuma ligação que possa levar à conclusão que houve ligação da parte dele. Não tenho essa informação.
O sr. conhece alguém que tenha filho em Escola estadual?
Meus filhos são mais velhos. Minha família mora na Holanda. Meus parentes aqui são os da minha esposa, nenhum em idade Escolar. Fiz o antigo primário, colegial, em Escola pública. Claro, era uma outra época. Não teria dificuldade em colocar meu filho em uma Escola pública. O que temos de buscar é a qualidade. O Estado teve uma política de expansão violenta. Agora precisa de uma política de qualidade, outra etapa da história.
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Fonte: Folha de São Paulo (SP)
09 de janeiro de 2011
PAIXÃO POR ENSINAR
Pesquisa indica que mais de 70% dos professores são motivados a entrar em sala de aula pelo amor à profissão, mas 69% consideram que a carreira é desvalorizada
Maria Berenice Moura Alves cumpre uma jornada de 40 horas semanais no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre. Em casa, dedica outras 10 horas a preparar as aulas. Considera injusta a remuneração que recebe e, em sala, enfrenta o desafio diário de prender a atenção de adolescentes. Mas se diz apaixonada pelo que faz.
Aos 50 anos – 22 deles dedicados à profissão –, a professora de Geografia dá rosto aos números de uma pesquisa sobre o professor brasileiro, realizada pelo Ibope a pedido da Fundação Victor Civita (FCV).
O instituto ouviu 600 docentes em 13 capitais brasileiras, entre elas Porto Alegre. Um dos dados mais surpreendentes diz respeito à paixão dos professores – 73% deles afirmam que ensinar é um ato de amor. Outros 14% consideram estar contribuindo para uma sociedade melhor e 14% acreditam preparar os estudantes para o futuro. Já Maria Berenice vai além:
– Só penso nos meus alunos. Não sei se estou contribuindo para o país, mas estou ajudando a formar pessoas com valores, pessoas de bem.
A paixão com que os docentes brasileiros lecionam fica ainda mais evidente em outros números do estudo: quando colocados frente a frente com a afirmação “só fui dar aula porque não encontrei outro emprego”, 79% disseram discordar totalmente. Em outro item da pesquisa, 72% se disseram apaixonados pela profissão.
Conselheiro do movimento Todos Pela Educação, Mozart Neves Ramos, professor de Química na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e ex-secretário de Educação daquele Estado, fala por experiência própria:
– O magistério é como um vírus que está no sangue. Muito dessa paixão vem da grande oportunidade de formar pessoas. Isso empolga e torna os professores cegos em relação ao salário, à ausência de carreira. A grande questão é se, com a deterioração ao longo dos anos, esse sacerdócio não estaria sendo perdido.
A desvalorização da profissão foi citada por 69% dos docentes ouvidos pelo Ibobe. Insatisfação com salário e benefícios, desmotivação e indisciplina dos alunos e falta de participação por parte dos pais estão entre os desafios. Professor de Psicologia da Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Fernando Becker diz que o resultado da pesquisa reflete a realidade:
– Vivemos em um processo de descuido com a Educação. Mas muitos professores não fariam outra coisa na vida, mesmo por melhores salários.
Diretora-executiva da Fundação Victor Civita, Angela Cristina Dannemann faz um alerta: todo o amor declarado pelos entrevistados também tem um lado ruim.
– Ainda há essa ideia um pouco mística de que ser um bom professor demanda amor e dom. É uma consequência do não reconhecimento da profissão de professor como uma profissão de fato. O professor ainda é confundido com um cuidador – resume.
CARLA DUTRA
carla.dutra@zerohora.com.br
Aos 50 anos – 22 deles dedicados à profissão –, a professora de Geografia dá rosto aos números de uma pesquisa sobre o professor brasileiro, realizada pelo Ibope a pedido da Fundação Victor Civita (FCV).
O instituto ouviu 600 docentes em 13 capitais brasileiras, entre elas Porto Alegre. Um dos dados mais surpreendentes diz respeito à paixão dos professores – 73% deles afirmam que ensinar é um ato de amor. Outros 14% consideram estar contribuindo para uma sociedade melhor e 14% acreditam preparar os estudantes para o futuro. Já Maria Berenice vai além:
– Só penso nos meus alunos. Não sei se estou contribuindo para o país, mas estou ajudando a formar pessoas com valores, pessoas de bem.
A paixão com que os docentes brasileiros lecionam fica ainda mais evidente em outros números do estudo: quando colocados frente a frente com a afirmação “só fui dar aula porque não encontrei outro emprego”, 79% disseram discordar totalmente. Em outro item da pesquisa, 72% se disseram apaixonados pela profissão.
Conselheiro do movimento Todos Pela Educação, Mozart Neves Ramos, professor de Química na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e ex-secretário de Educação daquele Estado, fala por experiência própria:
– O magistério é como um vírus que está no sangue. Muito dessa paixão vem da grande oportunidade de formar pessoas. Isso empolga e torna os professores cegos em relação ao salário, à ausência de carreira. A grande questão é se, com a deterioração ao longo dos anos, esse sacerdócio não estaria sendo perdido.
A desvalorização da profissão foi citada por 69% dos docentes ouvidos pelo Ibobe. Insatisfação com salário e benefícios, desmotivação e indisciplina dos alunos e falta de participação por parte dos pais estão entre os desafios. Professor de Psicologia da Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Fernando Becker diz que o resultado da pesquisa reflete a realidade:
– Vivemos em um processo de descuido com a Educação. Mas muitos professores não fariam outra coisa na vida, mesmo por melhores salários.
Diretora-executiva da Fundação Victor Civita, Angela Cristina Dannemann faz um alerta: todo o amor declarado pelos entrevistados também tem um lado ruim.
– Ainda há essa ideia um pouco mística de que ser um bom professor demanda amor e dom. É uma consequência do não reconhecimento da profissão de professor como uma profissão de fato. O professor ainda é confundido com um cuidador – resume.
CARLA DUTRA
carla.dutra@zerohora.com.br
Fonte: Zero Hora (RS)
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