3 de Fevereiro - Dia dos Heróis Moçambicanos
O feriado do 3 de Fevereiro pretende celebrar todos os Heróis Moçambicanos, sobretudo os que lutaram pela libertação Nacional. Contudo, os que lutaram pela democracia e todos aqueles que lutam para que ela continue a ser o cenário do dia-a-dia de Moçambique também não podem ser esquecidos, neste ou em qualquer outro dia.
Mas como qualquer comemoração se reporta a um acontecimento concreto, este é o 3 de Fevereiro de 1969, dia do assassinato (através de uma encomenda-bomba) do Doutor Eduardo Chivambo Mondlane, em Dar-es-Salaam, capital da Tanzânia. E contam-se já 40 anos desde esse fatídico dia.
Eduardo Mondlane nasceu a 20 de Junho de 1920 em Manjacaze, província de Gaza. Oriundo de uma modesta família, sem tradição académica, contou a ajuda de uma instituição religiosa suíça para singrar nos estudos, primeiro em Moçambique, depois na África do Sul e, por fim, nos Estados Unidos da América (depois de uma curta passagem por Portugal). Licenciou-se e, posteriormente, doutorou-se em Sociologia. Foi professor universitário de História e Sociologia e trabalhou para as Nações Unidas.
Atendendo às suas habilitações literárias, podia muito bem ter exercido a sua actividade profissional num dos dois países onde estudou fora de portas, já que tanto na África do Sul como nos E.U.A. havia uma segregação racial relativamente à população negra, com particular incidência para o país africano. Contudo, uma situação ainda mais injusta se vivia na sua pátria, a colonização feita por Portugal.
Depois do fim da II Grande Guerra, viveram-se os tempos da descolonização e quase todas as potências colonizadoras sentiram que tinha chegado o fim dos Impérios. Só Portugal continuou tenazmente a defender os seus territórios ultramarinos, dos quais fazia parte Moçambique.
Regressado a África, Eduardo Mondlane, apoiado nos seus conhecimentos e numa muito particular liderança, feita mais de razão que de força, consegue unir os três movimentos de libertação que moçambicanos nacionalistas tinham formado fora de Moçambique, formando um só movimento, a Frente de Libertação de Moçambique – FRELIMO, a 25 de Junho de 1962, na Tanzânia, de que foi o seu primeiro presidente, permanecendo nessa função até à sua morte. A partir da Tanzânia, a FRELIMO vai-se estruturando e alinhavando a estratégia para acabar com a colonização portuguesa.
O Doutor Eduardo Mondlane não teve a oportunidade de assistir a esse acontecimento. Contudo, pode ser considerado o founding father * da Nação Moçambicana, mesmo antes de ela vir a ser constituída. O seu livro, “Lutar por Moçambique”, foi só um dos seus legados.
* Pai fundador
O Grupo Disciplinar de História
Mas como qualquer comemoração se reporta a um acontecimento concreto, este é o 3 de Fevereiro de 1969, dia do assassinato (através de uma encomenda-bomba) do Doutor Eduardo Chivambo Mondlane, em Dar-es-Salaam, capital da Tanzânia. E contam-se já 40 anos desde esse fatídico dia.
Eduardo Mondlane nasceu a 20 de Junho de 1920 em Manjacaze, província de Gaza. Oriundo de uma modesta família, sem tradição académica, contou a ajuda de uma instituição religiosa suíça para singrar nos estudos, primeiro em Moçambique, depois na África do Sul e, por fim, nos Estados Unidos da América (depois de uma curta passagem por Portugal). Licenciou-se e, posteriormente, doutorou-se em Sociologia. Foi professor universitário de História e Sociologia e trabalhou para as Nações Unidas.
Atendendo às suas habilitações literárias, podia muito bem ter exercido a sua actividade profissional num dos dois países onde estudou fora de portas, já que tanto na África do Sul como nos E.U.A. havia uma segregação racial relativamente à população negra, com particular incidência para o país africano. Contudo, uma situação ainda mais injusta se vivia na sua pátria, a colonização feita por Portugal.
Depois do fim da II Grande Guerra, viveram-se os tempos da descolonização e quase todas as potências colonizadoras sentiram que tinha chegado o fim dos Impérios. Só Portugal continuou tenazmente a defender os seus territórios ultramarinos, dos quais fazia parte Moçambique.
Regressado a África, Eduardo Mondlane, apoiado nos seus conhecimentos e numa muito particular liderança, feita mais de razão que de força, consegue unir os três movimentos de libertação que moçambicanos nacionalistas tinham formado fora de Moçambique, formando um só movimento, a Frente de Libertação de Moçambique – FRELIMO, a 25 de Junho de 1962, na Tanzânia, de que foi o seu primeiro presidente, permanecendo nessa função até à sua morte. A partir da Tanzânia, a FRELIMO vai-se estruturando e alinhavando a estratégia para acabar com a colonização portuguesa.
O Doutor Eduardo Mondlane não teve a oportunidade de assistir a esse acontecimento. Contudo, pode ser considerado o founding father * da Nação Moçambicana, mesmo antes de ela vir a ser constituída. O seu livro, “Lutar por Moçambique”, foi só um dos seus legados.
* Pai fundador
O Grupo Disciplinar de História
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