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quinta-feira, fevereiro 04, 2010

PESQUISA APONTA QUE EXCESSO DE TRABALHO AFETA A SAÚDE DOS PROFESSORES


Excesso de trabalho afeta saúde de professor

Sarah Fernandes


Os professores da rede pública do Distrito Federal estão cansados e adoentados devido ao excesso de trabalho, intensificado por mudanças no comportamento da sociedade e por políticas públicas ineficientes. O diagnóstico é de uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), que durante sete meses analisou o trabalho de professores de uma escola de ensino fundamental I (1ª a 4ª série) da capital federal.
“O baixo prestígio social de sua função, atitudes de desrespeito dos estudantes e familiares em relação à autoridade do professor e a indisciplina dos alunos foram apontados como fatores de intensificação do trabalho docente”, aponta a dissertação de mestrado “A intensificação do trabalho docente na escola pública”, defendida pela pedagoga Sandra Jaqueline Barbosa.
A pesquisadora entrevistou sete professoras com mais de sete anos de trabalho. Ela verificou que as educadoras acumulam funções nas escolas, como atividades administrativas (sem adicional financeiro) e obrigação de captar recursos para a unidade de ensino, por exemplo, organizando eventos. Soma-se a isso a inclusão de alunos com deficiência em colégios sem estrutura e uma mudança social no comportamento dos alunos.
“Os pais estão trabalhando mais para atender as necessidades materiais dos filhos. Como resultado a educação do ‘por favor’ e do ‘muito obrigado’ fica para o professor”, avalia Sandra. “A sociedade também enfrenta problemas, como violência e drogas. Tudo isso é levado para a escola e o professor tem que dar conta de tudo”.
Como resultado, os professores estão procurando auxílio no sindicato muito mais por causa da saúde do que para questões jurídicas. “Os docentes têm apresentado problemas de saúde e sofrimentos psíquicos relacionados à sua atividade profissional, um fenômeno brasileiro, mas também verificado na Europa, nos Estados Unidos, entre outros países”, informa a pesquisa. 
A saída para o problema, segundo o estudo, seria uma reestruturação no sistema de ensino. O processo deveria incluir uma redução do número de alunos nas salas de aula, mais pessoas trabalhando nas escolas para ajudar os estudantes com deficiência, diminuição de carga horária dentro da classe e programas de capacitação.

Para acessar a pesquisa completa, 
clique aqui.

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