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sábado, novembro 14, 2009

ESPANHOL OBRIGATÓRIO NAS ESCOLAS ESTÁ LONGE DE SE TORNAR REALIDADE


14/11 - 08:01

Erika Klingl,
iG Brasília

O próximo ano letivo vai começar sem que 75% das escolas brasileiras estejam preparadas para cumprir a lei que torna obrigatório o ensino de espanhol no currículo das turmas do ensino médio.

Das 25 mil escolas espalhadas pelo País, de acordo com o Censo da Educação Básica de 2008, apenas 6.600 oferecem a cadeira que passou a ser obrigatória pela lei nº 11.161, sancionada pelo presidente Lula em 2005.

Com apenas 14%, a média de oferta é pior na rede pública, mas a situação da particular está longe da ideal, com 56%. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação.

Pela lei, que teve prazo de transição de cinco anos, o ensino de espanhol se tornou obrigatório por parte da escola. Para o aluno, o curso é optativo, desde que haja outra língua obrigatória.

No Distrito Federal, a média é pior que a nacional. A secretária-adjunta de Educação, Eunice Santos, admite que das 90 escolas com ensino médio na capital do País, menos de 10 têm aulas de espanhol. Embora a lei seja de 2005, o governo do DF nunca realizou um concurso para contratar professor de espanhol para cumprir a meta. “Vamos fazer concurso no ano que vem e estamos reformulando os nossos Centros Integrados de Língua (CILs)”, explica a secretária, referindo-se à instituições que oferecem aulas de espanhol, inglês e francês para alunos da rede pública.

Os alunos do Centro de Ensino Médio Gisno, na Asa Norte de Brasília, não têm acesso ao qualquer Centro de Línguas. Os adolescentes também não possuem professores de espanhol no corpo docente. “Eles nem pedem, já se conformaram com o fato de que o ensino público é pior mesmo e que só terão inglês”, observa uma professora que faz parte da direção da escola e que pediu para não ter o nome divulgado.

O espanhol é atualmente um idioma falado por mais de 420 milhões de pessoas, sendo a segunda língua mais falada no mundo ocidental. Além da Espanha, é a língua oficial de 20 países, localizados na sua maioria na América Latina.

Segundo a Secretaria de Educação Básica, o País tem 6 mil professores da disciplina no ensino médio, pouco mais de 20% dos 25 mil que o MEC estima serem necessários quando da aprovação da lei.

“Os grandes responsáveis pela oferta do ensino médio, pela própria Constituição, são os estados. Mas o MEC tem ações pontuais para trabalhar com formação dos professores e apoiar as redes públicas”, observa Maria Eveline, coordenadora-geral do Ensino Médio do Ministério. “Fechamos acordo com o Instituto Cervantes para dois projetos-piloto. Por enquanto, atende 40 professores e 600 alunos mas a ideia é que os dois sejam ofertados em maior escala.”

De acordo com Maria Eveline, não existe uma punição definida em lei para o Estado ou escola que não cumprir a lei. “Mas o Ministério Público sempre está nos monitorando e questionando o cumprimento das normas legais”, afirma. Caso o aluno não tenha aula de espanhol, ele poderá exigir o ensino ao Conselho Estadual de Educação ou na Justiça.

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Fonte: http://educacao.ig.com.br/us/2009/11/14/espanhol+obrigatorio+nas+escolas+esta+longe+de+se+tornar+realidade+9088957.html

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