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sábado, novembro 21, 2009

PARA COMEÇO DE CONVERSA

     "Para começo de conversa" foi o tópico inicial do "Caderno do Aluno" (Vol. 3 - p. 3 - 1º série - Ensino Médio - 2009 - Língua Portuguesa e Literatura - Secretaria da Educação - SP.).


Solicitei aos alunos que, antes do debate (especial uso da oralidade em sala de aula), colocassem no papel suas opiniões/impressões a respeito do assunto conforme segue:


    * As pessoas sempre falam o que pensam?
    * Como podemos saber o que o outro pensa?


Em nenhum momento me posicionei a respeito para não sugestionar a classe. A intenção era que o aluno se manifestasse fazendo uso de seu próprio repertório, conhecimento de mundo e opinião pessoal.


     Veja o que o aluno Warley Silva dos Santos, do 1º A (E.M.) da EE Domingos Paro (Ibitiúva - Distrito de Pitangueiras-SP.)  disse a respeito:





AS PESSOAS (NEM) SEMPRE FALAM O QUE PENSAM


     As pessoas não falam o que pensam, pois, se a gente falasse o que pensa o tempo todo, o mundo ficaria de cabeça para baixo. Veja um exemplo: uma pessoa compra um carro novo e diz para você:


     __ Esse meu carro é lindo, não é?


     Você vai dizer, com certeza, que sim, se essa pessoa for próxima, for um amigo. Se disser que não, provavelmente irá magoá-la. E isso acontece todos os dias: temos que contar mentiras para agradar as pessoas, principalmente as crianças. Elas também são assim. Quando ganham uma roupa nova, querem logo saber se gostamos, se achamos bonita e, mesmo sendo feia, concordamos que é linda, simplesmente para não deixá-las tristes.


     Como podemos saber o que o outro pensa? Exatamente, não podemos. Embora os seres humanos tenham várias habilidades, eles ainda não desenvolveram essa capacidade de adivinhar o que o outro está pensando. Acredito que isso aconteça justamente para evitarmos conflitos. Imagine que você está conversando com uma pessoa, explicando algo para ela. De repente você consegue saber o que ela está pensando e, pior, ela está pensando em outra coisa, nada a ver com o assunto sobre o qual discutem. Você perderia a paciência, não é mesmo?


     Imagine também uma outra situação: se as pessoas soubessem o que as outras pensam, isso seria um grande desastre para a Língua Portuguesa no sentido da comunicação, pois, sabendo o que o outro pensa, não precisaríamos dialogar - as conversas seriam apenas através do pensamento.


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E você? Já parou para pensar nesse assunto? 



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